Perdeu feio, Obama: 95% da Crimeia vota pela Rússia

do Brasil 247

Com 50% dos votos apurados no referendo deste domingo (16), o governo anunciou oficialmente que 95,5% dos eleitores da Crimeia decidiram pela anexação do território à  Rússia; Barack Obama sofre derrota fragorosa em sua incursão no Leste Europeu e Vladimir Putin sai vitorioso do jogo de xadrez; sanções que serão aplicadas à  Rússia não mudam a realidade: há uma nova ordem geopolítica global; secretário de Estado, John Kerry, diz que não aceita o resultado; choro de perdedor, portanto.
Com 50% dos votos apurados no referendo deste domingo (16), o governo anunciou oficialmente que 95,5% dos eleitores da Crimeia decidiram pela anexação do território à  Rússia; Barack Obama sofre derrota fragorosa em sua incursão no Leste Europeu e Vladimir Putin sai vitorioso do jogo de xadrez; sanções que serão aplicadas à  Rússia não mudam a realidade: há uma nova ordem geopolítica global; secretário de Estado, John Kerry, diz que não aceita o resultado; choro de perdedor, portanto.
Acaba de sair a primeira pesquisa sobre o referendo deste domingo na Crimeia. Nada menos que 95% da população votou pela anexação à  Rússia (leia mais no site Russian Times).

A vitória da Rússia revela ao mundo uma nova ordem geopolítica global, que substitui a chamada Pax Americana (leia mais aqui).

Nesta segunda, começarão a ser aplicadas sanções à  Rússia, mas nada que altere a realidade. Barack Obama perdeu, Vladimir Putin venceu.

Em crise econômica e com a participação de grupos nazistas, o governo golpista da Ucrânia tende a perder apoio popular a partir de agora.

Nos Estados Unidos, o secretário de Estado, John Kerry, disse que não aceita o resultado. Choro de perdedor.

Leia, abaixo, reportagem da Reuters sobre isso:

Economia

Kerry diz que os EUA não aceitarão resultado do referendo da Crimeia

WASHINGTON, 16 Mar (Reuters) – Mais de 95 por cento dos votantes na região da Crimeia, na Ucrânia, apoiam a união com a Rússia, em um referendo neste domingo, de acordo com resultados parciais divulgados pela agência de notícias russa RIA.

A agência disse que os números foram fornecidos por Mikhail Malyshev, chefe da comissão do referendo, depois que mais da metade dos votos foram contabilizados na península do Mar Negro, onde forças russas tomaram controle.

(Por Lidia Kelly)

Leia, ainda, reportagem da Agência Brasil sobre o referendo:

Com fim de referendo na Crimeia, UE e EUA dizem que não reconhecerão resultado

Danilo Macedo Edição: Talita Cavalcante

Terminaram por volta das 15h (horário de Brasília) as votações do referendo na Crimeia, ao Sul da Ucrânia, no qual os eleitores da região responderam se aprovam a reunificação do território como membro da Federação da Rússia e se aprovam a restauração da Constituição da Crimeia de 1992 e o estatuto do território como parte da Ucrânia. De acordo com o governo da região, o comparecimento à s urnas superou os 70% previstos antes do início das votações.

Cerca de 1,5 milhão de eleitores puderam participar da consulta, que se iniciou à s 8h (3h em Brasília) e se encerrou à s 20h em 1,2 mil locais de votação. A crise diplomática envolvendo a península com 2 milhões de habitantes é considerada a mais grave da região desde o fim da Guerra Fria, no início da década de 1990. Entre os habitantes da Crimeia, 58,32% são russos, 24,32% são ucranianos e 12,1% tártaros da própria península, o que indica um favoritismo à  vitória da reunificação à  Rússia.

Os presidentes do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, e da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, reforçaram hoje (16), em declaração conjunta, que os 28 países que compõem a União Europeia consideram que o referendo contraria a Constituição da Ucrânia e princípios do direito internacional. O referendo é ilegal e ilegítimo e seu resultado não será reconhecido!, declararam Van Rompuy e Durão Barroso.

Os representantes europeus disseram que a solução para a crise deve ser baseada na integridade territorial, soberania e independência da Ucrânia e de sua constituição, assim como o respeito à s normas internacionais. Eles defenderam que apenas o trabalho conjunto, por meios diplomáticos, incluindo discussões diretas entre os governos da Ucrânia e da Rússia, poderá levar a uma solução.

Reiteramos a forte condenação da violação não provocada da soberania da Ucrânia e da integridade territorial e chamamos a Rússia a retornar as suas Forças Armadas para os números pré-crise e para as áreas de base permanente , em conformidade com os acordos relevantes!, disseram Durão Barroso e Van Rompuy, ao acrescentar que a situação será avaliada amanhã, em Bruxelas, quando serão decididas as medidas a serem aplicadas.

O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, também ressaltou hoje que os Estados Unidos não reconhecerão o resultado do referendo, o qual consideram ilegal. Ele também apelou à  Rússia para que retire as forças militares da região e apoie as reformas constitucionais propostas pela Ucrânia.

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