A China felicitou o presidente Joe Biden nesta quinta-feira (21) por sua posse e pediu um reinício nas relações entre Pequim e Washington. As relações entre China e EUA chegaram a um patamar muito tenso com Donald Trump, que iniciou uma guerra comercial e tecnológica com a gigante asiática.
Pequim também saudou a notícia de que os EUA voltariam a aderir à Organização Mundial da Saúde (OMS) e ao Acordo Climático de Paris.
Espera-se que o novo presidente dos EUA mantenha uma posição rígida com a China, mas que se comprometa com a cooperação internacional, prejudicada pelo bordão divisor “América em Primeiro Lugar” de Trump.
“Com cooperação de ambos os lados, os melhores anjos das relações China-EUA vencerão as forças do mal”, disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Hua Chunying, em entrevista coletiva.
Ela lembrou que Biden usou a palavra “unidade” várias vezes em seu discurso de posse e que era “exatamente o que é necessário atualmente nas relações EUA-China”.
Sob Trump, as tensões com a China chegaram a níveis extremos sobre comércio, segurança, tecnologia, as origens da pandemia Covid-19 e direitos humanos.
Sanções a aliados de Trump
Em uma análise final do governo Trump, Pequim disse que estava sancionando mais de duas dúzias de membros e ex-funcionários do governo do ex-presidente, incluindo seu secretário de Estado Mike Pompeo.
Os funcionários e seus familiares serão proibidos de entrar na China continental, Hong Kong e Macau, disse o Ministério das Relações Exteriores.
“Nos últimos anos, o governo Trump, especialmente Pompeo, enterrou muitas minas nas relações EUA-China que precisam ser desativadas, queimou muitas pontes que precisam ser construídas e destruiu muitas estradas que precisam ser reparadas”, disse Hua na quinta-feira.
Por RFI, com informações da AFP
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.