PDT inicia movimento pela expulsão de deputados que apoiam Beto Richa

pdt_quiproquoNo Paraná, não é só o PMDB de Roberto Requião que tenta o expurgo em suas fileiras. O PDT também ensaia movimento de “higienização” após o massacre de professores, no último dia 29 de abril, pelo governador Beto Richa (PSDB).

Em artigo especial para o Blog do Esmael, o advogado pedetista Mesael Caetano dos Santos, conhecido em Curitiba como “Advogado dos Pobres”, aponta os deputados estaduais André Bueno e Fernando Scanavaca como “traídos” do povo e da educação.

No texto, o membro do PDT destaca a grandeza do prefeito Gustavo Fruet que “abriu as portas da Prefeitura de Curitiba para socorrer os feridos naquela tarde sangrenta” e de dois outros deputados do partido, Márcio Pauliki e Nelson Luersen, que não se curvaram ao Palácio Iguaçu.

O “Advogado dos Pobres” cobra uma posição pública do ex-senador Osmar Dias, presidente estadual do PDT, acerca da expulsão dos “traidores” na Assembleia. “Ou o gesto de Fruet, de socorrer os professores covardemente massacrados, de nada terá valido”, aponta.

A seguir, leia a íntegra do artigo de Mesael Caetano dos Santos:

Expulsar do PDT os traidores dos trabalhadores e da educação

Economia

Os deputados André Bueno e Fernando Scanavaca traíram o legado de Leonel Brizola, do PDT e do trabalhismo — herdado do antigo PTB de Getúlio Vargas — ao votarem contra os servidores e professores na fatídica sessão da Assembleia Legislativa do Paraná no último dia 29 de abril.

Os dois deputados pedetistas fizeram ouvidos moucos às bombas que literalmente explodiam nas cabeças dos professores, enquanto eles votavam confortavelmente na Casa o confisco da poupança previdenciária do funcionalismo público do Paraná. Eles estavam entre os 31 deptuados que traíram o povo e a educação, em específico.

Abro aqui parênteses para homenagear outros dois parlamentares do PDT, Nelson Luersen e Márcio Pauliki, que honraram a história do trabalhismo ao votar contra o projeto de maldade do governador tucano Beto Richa. Eles não se curvaram ao Palácio Iguaçu por uma ambulância e promessas que jamais seriam cumpridas pelo tucano.

Também rendo as minhas homenagens ao prefeito Gustavo Fruet, que teve a grandeza de abrir as portas da Prefeitura de Curitiba para socorrer os feridos naquela tarde sangrenta, de bestialidade do governador Beto Richa e seu secretário Fernando Francischini.

Scanavaca e Bueno envergonham a todos nós do PDT. Brizola chora neste momento em seu tumulo, pois esses membros traíram os seus maiores legados que são proteger o trabalhador e da educação.

Se os deputados que traíram o PDT “amam” mais Richa do que os trabalhadores e a educação deveriam facilitar as coisas pedindo para sair do partido.

Se a executiva estadual do PDT não tomar providências no sentido de expulsar esses dois traidores da legenda se tornará cúmplice da rapinagem de Beto Richa e sua gangue. Por isso, é fundamental que o ex-senador Osmar Dias, presidente de nosso partido, se pronuncie publicamente sobre essa infidelidade parlamentar de Bueno e Scanavaca. Ou o gesto de Fruet, de socorrer os professores covardemente massacrados, de nada terá valido.

Mesael Caetano dos Santos é advogado e membro do PDT de Curitiba.

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