PDT entra com ação no STF contra MP de Bolsonaro

O PDT deu entrada nesta segunda-feira (23) em uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI), no Supremo Tribunal Federal (STF), contra 11 artigos da MP 927, editada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem Partido) na madrugada passada e que, entre outras medidas, autorizava o patrão a cancelar por quatro meses os contratos de trabalho, sem obrigação de pagamentos de salários dos funcionários, por exemplo. O partido pede Medida Cautelar de Urgência contra o decreto. O vice-presidente nacional do PDT, Ciro Gomes, é um dos advogados que assinam a ADI.

LEIA TAMBÉM:
Paim sobre nova MP de Bolsonaro: “A pandemia não pode dar lugar à censura”

Presidente da CUT diz que Bolsonaro não tem mais condições de governar o Brasil; assista

AGU pede ao Supremo suspensão de prazo que determina fim da validade de MPs

No documento, os advogados do PDT alegam que “Vê-se que a Medida Provisória nº 927, ora inquinada de inconstitucionalidade, promove um amplo espectro de acintes a direitos de estatura maior, albergados com desvelo pela Constituição Federal de 1988, razões pela qual deve sujeitar-se ao controle concentrado de constitucionalidade exercido pelo Egrégio Supremo Tribunal Federal”.

O partido também afirma que a MP é “um manifesto vilipêndio e desprestígio aos direitos sociais consagrados pela Constituição Federal de 1988. Isso porque permite-se, por vias transversas, a inclusão dos trabalhadores em um limbo salarial, de modo a ter seus parcos recursos entrelaçados nas mãos dos empregadores”.

Economia

Leia aqui a íntegra da ação.