Pazuello chega hoje a Cascavel (PR) depois de “contagiante” visita de Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro realizou uma “contagiante” visita ao município de Cascavel, Oeste do Paraná, no início de fevereiro, com direito a xingar a emissora dos Marinho de “Globo Lixo“, repetiu a insanidade de aglomerar e não usou máscara durante a inauguração de uma pista de atletismo. Um mês depois, a saúde da cidade entrou em colapso e a utilização de leitos chegou ao limite.

O prefeito cascavelense, Leonaldo Paranhos (PSC), no início da semana, fez um apelo a Bolsonaro e seu ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, depois que médicos tiveram de recorrer a um zoológico para emprestar bombas de infusão ao Hospital Retaguarda –que trata de pacientes com suspeita ou diagnóstico de Covid-19.

É neste quadro caótico que daqui a pouco, às 13h, Pazuello desembarca em Cascavel com a mala recheada com novas promessas de que ‘o melhor está por vir’ apesar da campanha da mídia, etc. e tal.

Após a contagiante passagem de Bolsonaro pela cidade, Cascavel vive o caos com a falta de leitos de UTI e com pacientes são atendidos em recepção de unidades de saúde.

Nesta semana, uma mulher precisou ser entubada no corredor da unidade e ao menos seis pessoas morreram dentro das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) a espera de um leito nos hospitais.

O Voo da FAB (Força Aérea Brasileira) com a comitiva do ministro Eduardo Pazuello está previsto para chegar às 13h, no Aeroporto de Cascavel.

Economia

Pazuello e as promessas de vacinas

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, é o típico sujeito que não se deve levar muito a sério. Se se somar as quantias de doses de vacina que ele prometeu, desde o início deste ano, daria para imunizar a população mundial de 7,5 bilhões de pessoas umas cinco vezes.

O ministro divulgou vídeo ontem, por exemplo, afirmando que está em negociações com a Pfizer para a compra de doses de seu imunizante para o Brasil.

Pressionado pelo aumento recorde nas mortes decorrentes da Covid-19, Pazuello disse que “a partir de agora a gente segue nos trâmites de fazer esse contrato o mais rápido possível” –referindo-se à intenção de compra de quase 140 milhões de doses de vacinas dos laboratórios Pfizer e Janssen.

No entanto, o Ministério da Saúde permitiu em edição extra do Diário Oficial da União a dispensa de licitação para destravar a aquisição dos imunizantes.

Nas portarias do Departamento de Logística em Saúde da pasta estão previstas 100 milhões de doses da Pfizer e 38 milhões da Janssen –que seriam entregues até dezembro.

Pazuello disse que a proposta de cronograma que está sendo apresentada é boa e a partir de agora o Ministério da Saúde segue nos trâmites de fazer esse contrato o mais rápido possível.

O ministro da Saúde afirmou ainda que a pasta já tem contratos alinhados para adquirir a vacina russa Sputnik V. Segundo ele, o projeto de lei aprovado pela Câmara facilitou as negociações com Pfizer e Janssen.

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