Paulo Bernardo promove leilão para 4G, com expectativa de arrecadar R$ 6 bi

via Valor Econômico

Ministro Paulo Bernardo.
O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, viajou na delegação da presidente Dilma Rousseff à  Bélgica para promover o leilão da quarta geração da telefonia móvel, chamada de 4G. Nesta terça-feira, em vez de permanecer com Dilma em seu périplo por Bulgária e Turquia, o ministro seguirá para Paris.

“A orientação da presidente é fazer o leilão mais aberto e mais amplo possível”, afirmou Bernardo, acrescentando que técnicos da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e do Ministério das Comunicações estimam que o leilão poderá render cerca de R$ 6 bilhões para o governo. “Nós não vamos olhar só para a arrecadação. Queremos o serviço funcionando”, disse.

A ideia do governo é realizar o leilão em abril do ano que vem. Num primeiro momento, serão concedidas para a exploração da iniciativa privada áreas rurais. Se não houver interesse, disse o ministro, um novo leilão será organizado vinculando investimentos para a oferta de serviços nas áreas rurais à  exploração de mercados urbanos mais atraentes.

Dez lotes serão ofertados. Ganhará o leilão a empresa que oferecer o maior valor ao governo, que também pretende estabelecer metas e o prazo de um ano para a implantação da tecnologia nas cidades que forem sedes de jogos da Copa das Confederações, em 2013, e da Copa do Mundo de futebol, em 2014. De acordo com Bernardo, o edital do leilão deve ser publicado até janeiro. “Assim, vamos ter um ano de prazo para ver e corrigir problemas”, comentou o ministro.

Na avaliação de Bernardo, as principais empresas do setor devem participar da concorrência. O governo inclusive já convidou até a sul-coreana SK Telecom para participar do leilão, contou. Os coreanos estiveram reunidos com o ministro, em Brasília, em maio, e têm interesse em fazer uso de tecnologias de 4G, como o Long Term Evolution (LTE), para ofertar serviços de internet de alta velocidade nos terminais móveis.

Economia

O ministro rebateu ainda as críticas de que o governo quer promover o leilão da quarta geração sem que a exploração da 3G tenha atingido o seu limite. Para ele, o Brasil não pode ficar restrito à  faixa 3G, enquanto outros países já estiverem investindo na tecnologia seguinte. “Demoraram a fazer investimentos”, argumentou, complementando que apenas cerca de 3 mil municípios brasileiros contam com a terceira geração de tecnologia de telefonia móvel. (FE)

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