Parada LGBT: A luta por políticas inclusivas e a celebração na Avenida Paulista

Parada LGBT: A luta por políticas inclusivas e a celebração na Avenida Paulista

Na ensolarada manhã deste domingo (11/6), a Avenida Paulista, no coração da capital de São Paulo, foi tomada pelo público vibrante da 27ª Parada do Orgulho LGBT. Pessoas enroladas na bandeira do arco-íris e fantasiadas se misturavam às drag queens, que exibiam visuais chamativos para a festa. Trios elétricos, com artistas renomados como Pabllo Vittar, Daniela Mercury e Mc Soffia, percorriam a Rua da Consolação em direção ao centro da cidade, proporcionando um espetáculo inesquecível.

Este ano, a parada coloca em foco a luta por políticas públicas inclusivas para a comunidade LGBTQIA+. O manifesto deste ano afirma que a maioria dos programas e benefícios destinados a famílias e indivíduos cisgêneros e heterossexuais exclui sutilmente a comunidade LGBT. A Parada do Orgulho LGBT+ de São Paulo, em sua 27ª edição, saiu às ruas para reafirmar a importância de Políticas Sociais para LGBT+ – buscando uma inclusão plena, não pela metade.

Esse evento renova o compromisso com a luta contra todas as formas de discriminação, além de promover o respeito à diversidade e a implementação de políticas afirmativas para a população LGBT+.

Economia

Vários políticos de Curitiba e de outras capitais, bem como de autoridades municipais de todo o país, foram hoje à SP prestigiar a Parada LGBT.

Celebração da união

O ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio de Almeida, que liderou o primeiro carro de som, ressaltou que a parada busca unir a sociedade brasileira e garantir direitos a todas as pessoas. Contrariando o que muitos afirmam, essa parada não celebra a divisão, mas a união. É uma demonstração de que o Brasil é formado por uma população diversa, que pertence ao nosso país e merece a proteção do Estado brasileiro.

Turismo Foz

Symmy Larrat, secretária nacional de Promoção e Defesa dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+, defendeu a necessidade de o governo federal estar ao lado dessa população, comprometendo-se a construir políticas sociais que transformem essa realidade. A parada é um momento de luta contra uma narrativa opressora que nos ameaça, que tenta nos envergonhar por sermos quem somos. Por isso, é fundamental abraçar a narrativa do orgulho, devemos ter orgulho de sermos quem somos.

Luta e celebração

O bloco que abre a parada é composto por famílias com crianças intersexo. Essas crianças nascem com variações nas características cromossômicas, anatômicas, hormonais e de fenótipo em relação ao sexo biológico. Taís Emília, uma das fundadoras de uma associação que busca dar visibilidade a essa questão, explica a importância dessa representatividade. Ela conta sobre sua própria luta ao ter um bebê intersexo, que ficou sem registro civil por não se enquadrar nos padrões tradicionais de gênero. Essas famílias são guerreiras, enfrentando desafios e reivindicando seus direitos.

Caroline Socodolski, natural de Curitiba, participa da parada desde 2014, mas esta é apenas sua segunda vez no evento em São Paulo. Além de marcar presença e mostrar que a comunidade LGBT existe e é parte ativa da sociedade, ela está ali para se divertir. Trabalhando em uma agência de turismo, Caroline enxerga a parada como um momento de celebração e alegria.

Cristina, uma drag queen que chegou ao Brasil vinda do Chile há dois meses, está encantada com sua experiência em São Paulo. Ela se alegra com a atmosfera de felicidade e resistência que a comunidade LGBTQIA+ traz consigo. Hoje, a comunidade inteira está em festa.

A 27ª Parada do Orgulho LGBT é um evento marcante que une luta e celebração. Enquanto a comunidade LGBTQIA+ reivindica políticas sociais inclusivas, também se alegra e se mostra em toda a sua diversidade na Avenida Paulista. É um momento de união, de afirmar orgulho e de buscar igualdade. Vamos juntos nessa jornada de transformação!

Com informações da Agência Brasil.

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