Para dividir grevistas, Palácio Iguaçu infiltra “cibertucanos” em grupos de educadores nas redes sociais

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Na semana passada, o Blog do Esmael mostrou que o governo Beto Richa (PSDB) iniciara uma verdadeira “guerra suja” visando desqualificar os professores em greve. Agora, na segunda fase, os cibertucanos estão se infiltrando nos grupos de discussão de educadores, sobretudo no WhatsApp, a nova coqueluche do momento, para promover a divisão no movimento grevista do Paraná.

Se na primeira etapa da “guerra suja” o objetivo era mostrar imagens antigas e cópia de contracheques forjados com o intuito de isolar os educadores, com mensagens enviadas a pais e alunos, nesta a ideia dos invasores a soldo do Palácio Iguaçu é semear a discórdia entre professores e funcionários das 2,1 mil escolas do estado.

Os infiltrados lançam dúvidas sobre a “firmeza” dos professores e servidores em greve há um mês, disseminam informações falsas sobre a luta do magistério e do serviço público, espalham medo, estimulam o ódio entre colegas tal qual ocorreu no segundo turno disputado por Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB). Na época, o Blog do Esmael anotou que o “Extremismo de direita pró-Aécio afasta brasileiros das redes sociais”.

Nesta segunda-feira (25), por exemplo, um desses infiltrados no grupo “Memória da Violência”, criado no WhatsApp por educadores massacrados no dia 29 de abril, no Centro Cívico, foi alvo do submundo dos cibertucanos. Informações privadas foram publicadas em mídias ligadas ao Palácio Iguaçu.

A “guerra suja” nas redes sociais é coordenada pela clandestina “Tenda Digital”. Na campanha de 2014, esse batalhão de ciberterroristas atuou pesado pela reeleição de Beto Richa e era coordenado pelo lobista Luiz Abi Antoun, primo do governador, e Marcelo Tchello Caramori, ambos presos no início deste ano por outros crimes (corrupção e pedofilia).

Economia

A “Tenda Digital” tinha a tarefa de desqualificar e desconstruir nas redes sociais os senadores Gleisi Hoffmann (PT) e Roberto Requião (PMDB), que eram adversários de Richa na corrida pelo Palácio Iguaçu.

Evidente que nesse ambiente amplo haja disputa de opinião e também existam divergências em um mesmo grupo. Trata-se de embate dialético sadio pelos rumos da greve, às vezes até duro e necessário, mas o que não se pode permitir é a ‘bandidagem cibernética’ que objetiva destruir o lindo movimento que – mais do que lutar por salário – conseguiu desmascarar o truculento governo Beto Richa e expor suas mazelas para o Brasil e o mundo.

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