Palocci, o mais novo preso político da Lava Jato

palocci_moro_moraesAs circunstâncias da prisão do ex-ministro Antônio Palocci, na manhã desta segunda (26), não deixam dúvidas de que ele foi mais uma vítima do arbítrio da Lava Jato e da boca de urna para favorecer o PSDB.

Até o mais chinfrim advogado de porta de cadeia sabe que se instaurou um estado de exceção no país para ajudar os adversários do PT.

Não se trata de ilação, pois, neste domingo (25) o ministro da Justiça Alexandre Moraes antecipou a prisão de hoje num comício do PSDB na cidade de Ribeirão Preto — base política do novo preso político.

“Teve a semana passada e esta semana vai ter mais, podem ficar tranquilos. Quando vocês virem esta semana, vão se lembrar de mim”, afirmou ontem o ministro, denunciando o caráter eleitoral da operação da PF nesta manhã.

O Blog do Esmael soube interpretar ontem à noite (25), às 19h57, o recado de que era o Palocci o próximo a cair nas garras do coronel Ustra das Araucárias.

Juristas da cepa de Lenio Streck dizem que o Estado Democrático de Direito corre perigo de morte por causa dos espetáculos midiáticos do juiz Sérgio Moro.

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Vergonhosamente e ao arrepio da Constituição Federal, o TRF-4 julgou que a operação Lava Jato não precisa seguir as regras dos processos comuns.

Não se trata de defender Palocci cuja tarefa cabe ao seu advogado ou eventuais malfeitos — se é que eles realmente ocorreram –, mas o princípio da legalidade previsto na Carta Maior. Aliás, o mesmo princípio que faltou na prisão arbitrária do também ex-ministro da Fazenda Guido Mantega dentro de um hospital, quando ele acompanhava um cirurgia de câncer da mulher.

As prisões políticas da Lava Jato servem como boca de urna contra os petistas, haja vista que as eleições municipais ocorrerão em seis dias.

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