Palestras de Moro entram na mira do PT após perseguição a Lula

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sofreu para provar que eram lícitas suas palestras realizadas depois de deixar o Palácio do Planalto.

Foram preciso mais de dois anos para que a Lava Jato reconhecesse que as 23 palestra de Lula a empreiteiras investigadas pela força-tarefa eram legais.

“Não houve comprovação de que os valores bloqueados possuem origem ilícita”, decidiu a juíza Gabriela Hardt, da Justiça Federal do Paraná, no último dia 24 de setembro. “Deve-se presumir sua licitude”, encerrou a magistrada.

Pois bem, o PT acredita na máxima segunda qual ‘aqui se faz e aqui se paga’. Logo, o partido estuda monitorar todas as palestras que o ex-juiz Sérgio Moro irá realizar daqui para frente.

Moro, o palestrante

Moro contratou uma empresa para cuidar de sua imagem política e fazer bombar sua carreira de palestrante para a área corporativa.

O ex-juiz e ex-ministro da Justiça vai deixar a advocacia em segundo plano para viver de palestras.

Economia

A quarentena de Moro terminou em outubro e com isso, além do salário, ele perdeu alguns privilégios que o governo lhe garantia.

De acordo com Lauro Jardim, colunista do Globo, Moro fechou um contrato para que a Delos Cultural para que ela cuide de sua imagem e desenvolva sua carreira de palestrante para a área corporativa. A Delos é um braço da DC Set, empresa de Dody Sirena, empresário de Roberto Carlos, entre outros.

Ainda segundo o colunista, a ideia é vendê-lo como “um dos líderes mais influentes do Brasil e do mundo” e “uma referência mundial no combate à corrupção”. E que a partir de agora, Moro vai “contribuir para o aprimoramento da cultura empresarial e cívica do Brasil” em palestras, lives e aulas magnas.

Moro já tem agendadas dez palestras até o fim do ano, além de um seminário que coordenará num banco para falar de compliance.

Moro candidato em 2022

Além de garimpar alguns milhares de reais, a estratégia também é manter Sérgio Moro nos holofotes aqui e acolá. As palestras seriam uma espécie de palanque eleitoral e a solução financeira, no entanto, a questão do partido continua aberta. A proximidade do ex-juiz com o Podemos do senador Alvaro Dias é notória. Não é descartada uma candidatura presidencial do ex-ministro pela sigla.

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