Pacheco foi ao STF por ‘anomalias graves’ na democracia enquanto o povo passa fome

► Velha mídia corporativa insiste no ‘falso debate’ sobre “perigo à democracia” para ocultar grave crise econômica

No mesmo dia que o IBGE anunciou desempenho da indústria recuado no primeiro trimestre comparação a 2021, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), foi ao Supremo Tribunal Federal (STF) reclamar de ‘anomalias graves’ na democracia em tempos de Jair Bolsonaro (PL).

Por “anomalias” Pacheco entende como as declarações sobre intervenção militar, fechamento do STF ou frustração de eleições com ataques às urnas eletrônicas.

O debate sobre arroubos do presidente contra a democracia, hoje, tem como objetivo desviar a atenção da pública pública da grave crise econômica.

A dessintonia do presidente do Senado com as reais necessidades choca porque enquanto parlamentar fala sobre suposto ataque à democracia o povo passa fome em todo o país.

Pacheco vai ao Supremo pela democracia, mas depois retorna ao Congresso para votar pautas contrárias aos interesses dos trabalhadores e da sociedade brasileira.

Economia

A pauta econômica funciona com veneno para as corporações financeiras, a velha mídia associada aos bancos e especuladores no mercado financeiro. Eles não querem esse tema discutido nas eleições deste ano.

O principal oposicionista intensificou o discurso contra o atual modelo econômico do governo Bolsonaro, que, segundo ele, é responsável pela volta da fome, da miséria, do desemprego e da carestia.

– Não é o salário mínimo que causa inflação. O que causa 50% da inflação hoje no Brasil são preços administrados pelo governo. Óleo diesel, luz elétrica, gás de cozinha. E estão subindo de forma descontrolada por incompetência desse governo – disse o ex-presidente Lula (PT).

O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, também não caiu no ‘falso debate’ sobre “perigo à democracia”, supostas regalias ao ex-governador Sérgio Cabral ou sobre a falta de “tornozeleira eletrônica” para o deputado bolsonarista Daniel Silveira (PTB-RJ).

– Junto ao desemprego, a perda de renda do povo trabalhador é um sinal de alerta para a incompetência deste governo, que dia após dia, empobrece não apenas as instituições, com sua sanha golpista, mas principalmente os brasileiros – afirmou Lupi. “Basta! Fora, Bolsonaro!”

O pedetista ainda desenha o tamanho do estrago que Bolsonaro fez ao Brasil:

– Maior mercado atacadista e popular do Brasil, a 25 de março, em São Paulo, que chegou a receber 800 mil consumidores, vê este número desabar e ficar próximo de 100 mil em três anos.

A grave crise econômica durante todo o governo Bolsonaro só se encerrará com a mudança de governo. Por isso o establishment luta para não enfrentar o debate da crise econômica, do preço dos combustíveis, porque o projeto deles é manter tudo como está.