Ouça essa: deputado e dono de funerária pedem o fim da quarentena do coronavírus

Deputado Marcel Micheletto, aliado de Ratinho, se une a dono de funerária contra quarentena do coronavírus. “Como diz o Marquinho da Funerária, o promotor, o juiz, o salário dele está na conta. O do deputado também está na conta”, disse.
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) já não está tão sozinho em sua luta contra a quarentena. Um deputado e um dono de funerária se juntaram ao capitão pelo fim do isolamento social, medida adotada para conter o contágio pelo coronavírus.

O Blog do Esmael teve acesso a um áudio do deputado estadual Marcelo Micheletto, do PR do Paraná, no qual ele defende o fim da quarentena e afirma que tem discutido o assunto com o “Marquinho da Funerária”.

O parlamentar utiliza o áudio para desancar seu ex-vice, atual prefeito do município de Assis Chateaubriand (PR), e enaltecer o governador Ratinho Junior (PSD).

O deputado faz um discurso inflamado pelo fim da quarentena, mas para isso dá uns coices no prefeito João Aparecido Pegoraro (‎PSC) e demais autoridades.

OUÇA O ÁUDIO

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O deputado Marcel Micheletto afirma no áudio que o Ministério Público estaria recomendado a reabertura do comércio e o levantamento da quarentena. “A prefeitura está fechada, ninguém acha o prefeito. Ele não tem saco roxo. É fraco, rompeu comigo”, disparou.

“Como diz o Marquinho da Funerária, o promotor, o juiz, o salário dele está na conta. O do deputado também está na conta”, disse, se referindo ao empresário Marcos A de Oliveira, dono da Funerária Bom Samaritano.

“O trabalhador precisa comer. O empresário está quebrando. Nós precisamos salvar a região, a cidade e o Paraná.”

No áudio, deputado revela que estava indo para Curitiba conversar com Ratinho sobre a instalação de leitos de UTI no município.

Micheletto fora cogitado para ser vice de Ratinho em 2018, mas acabou preterido do cargo e acabou concorrendo à Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP).

Marcel Micheletto é filho do ex-deputado federal Moacyr Micheletto, da bancada ruralista, morto em 2012.