O jornalista Oswaldo Eustáquio foi convertido no mais novo homem-bomba contra o governo Jair Bolsonaro. Ele vai se somar ao esquadrão do líder Ricardo Barros (PP-PR), que pode antecipar a implodir o Palácio do Planalto a qualquer momento.
Eustáquio tem informações precisas sobre a movimentação do bolsonarismo nos ministérios da Saúde e da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos –este último ainda ocupado por Damares Alves.
Na semana passada, o jornalista declinou o nome de uma mulher que supostamente seria amante do ex-ministro da Sáude Eduardo Pazuello. A ex-esposa, furiosa, estaria disposta a falar umas verdades sobre o general na CPI da Covid.
Agora, neste fim de semana, Oswaldo Eustáquio revela um suposto amante casado de Damares.
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O jornalista foi preso por determinação do ministro do STF, Alexandre de Moraes, no começo do ano, no âmbito do inquérito das fake news, depois que o gabinete da ministra informou que Eustáquio fui ao Ministério dos Direitos Humanos sem autorização judicial.
A cabeça de Eustáquio foi a prêmio porque Damares Alves almejou ser a indicada “terrivelmente evangélica” para a próxima vaga no Supremo Tribunal Federal.
Nessa guerra interna no governo, Eustáquio mandou uma carta para líderes religiosos contanto os “podres” da ministra. No entanto, os pastores Silas Malafaia e Marcos Feliciano fingiram que não receberam a missiva pelo Correio.
A revista Veja fez uma reportagem sobre o jornalista bolsonarista, que agora atira contra a própria trincheira. Mas a publicação da Abril foca no amante da ministra, que seria um assessor parlamentar da bancada evangélica.
No olho do furacão, Oswaldo Eustáquio ainda acha tempo comemorar: “notícia boa que foi decretada a minha liberdade!”
Sim, o ministro Alexandre de Moraes arquivou o inquérito das fake news no Supremo, mas determinou a abertura de uma nova investigação, com foco em uma organização criminosa que atua pela internet com a finalidade de atacar o Estado Democrático de Direito.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.