Orlando Silva protesta contra a falta de debates ente candidatos em São Paulo

O deputado e candidato a prefeito de São Paulo, Orlando Silva (PCdoB), protestou contra o cancelamento dos debates entre os candidatos a prefeito da maior cidade do Brasil.

Para o comunista: “beira a irresponsabilidade o boicote feito pelas emissoras de TV, exceção à Band, aos debates eleitorais em SP. É um desserviço à democracia que ajuda a eleger despreparados e poderosos. SP perde, BolsoMano agradece. Depois não adianta chorar em editoriais.”

E foi além:  “As emissoras de TV, exceto a Band, decidiram não ter debates durante a campanha. Um retrocesso. O argumento da Covid não é sério, poderíamos ter protocolos de segurança. Muitos candidatos? É menos sério ainda. Poderíamos resolver com novas dinâmicas.”

Não é preciso muito raciocínio para perceber que a ausência de debate favorece as campanhas com mais dinheiro e com a máquina administrativa, que são Celso Russomanno (Republicanos) e Bruno Covas (PSDB).

Economia

O primeiro tem o apoio do presidente Bolsonaro, o segundo é o atual prefeito. Segundo pesquisa Ibope, Russomanno (Republicanos) lidera a corrida com 26% das intenções de voto seguido por Bruno Covas (PSDB), com 21%. Depois vem Guilherme Boulos (PSOL) com 8%.

Pois, sem debate, o segundo turno está praticamente decidido. Perde a cidade.

Os dados completos das pesquisas estão aqui.

LEIA TAMBÉM
Eleição em Belém vira ‘case’ de sucesso da frente de esquerda

Moro adiciona gasolina na polêmica do fim da Lava Jato

Moro rompe silêncio após declaração polêmica de Bolsonaro sobre fim da Lava Jato

Piadista, Bolsonaro diz que acabou com a Lava Jato porque não há corrupção no governo

Gleisi Hoffmann vê “tapetão” no Supremo Tribunal Federal

PT pede intervenção do TSE nas televisões durante as eleições

A presidenta nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), pelo Twitter, defendeu uma posição mais proativa do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em relação aos debates nas TVs.

Segundo a dirigente petista, Record, SBT, CNN, Globo decidem não fazer debates para as eleições deste ano. Ou seja, os eleitores irão às urnas às cegas, sem saber quem são os candidatos a prefeito e vereador nos 5.570 municípios brasileiros.

Para Gleisi, as emissores de televisão –que são concessões públicas– cometem um desserviço à democracia, quando, devido ao período especial, deveria ocorrer o contrário, a ampliação do debate televisivo.

Com a campanha curta e restrições sanitárias os debates ajudariam a apresentar as candidaturas, afirma a presidenta do PT.

“Tá aí uma situação que o TSE devia intervir a bem das eleições”, pregou Gleisi Hoffmann.