Oriovisto Guimarães retira assinatura para instalação de CPI do MEC enquanto mantém projeto que elimina 500 mil empregos

► Deputado Zeca Dirceu, se utilizar a mesma régua que usou para criticar Paulo Guedes, dirá em breve que o senador Oriovisto continua sendo “tigrão” com os trabalhadores em postos de combustíveis, os frentistas, enquanto se comporta como “tchutchuquina” com possíveis casos de corrupção no governo Jair Bolsonaro

O senador Oriovisto Guimarães (Podemos-PR) retirou sua assinatura para a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigue possíveis irregularidades no Ministério da Educação (MEC). O anúncio foi feito neste sábado (09/04) em uma publicação na redes sociais do parlamentar paranaense.

Oriovisto é empresário da área de educação, fundou o Grupo Positivo, que diversificou suas atividades nas áreas de tecnologia. O governo e órgãos públicos são os principais compradores.

O senador do Podemos argumento que, embora acredite que “fatos graves” ocorreram no Ministério, “uma CPI tão próxima das eleições acabará em palanque eleitoral”.

Oriovisto Guimarães retirou assinatura da CPI do MEC, mas manteve projeto que elimina até 500 mil empregos introduzindo o ‘self-service’ nos postos de combustíveis, segundo os frentistas.

O Projeto de Lei 271/2022, de autoria do parlamentar, permite o funcionamento de bombas de autosserviço nos postos de abastecimento de combustíveis [self-service] aos domingos, feriados e dias úteis, no período das 20h às 6h.

O presidente do Sinpospetro (Sindicato dos Frentistas do Paraná), Lairson Sena, afirma que 32 mil trabalhadores perderão o emprego no Paraná se o projeto de Oriovisto for aprovado no Senado.

Economia

No Brasil, os frentistas representam 500 mil trabalhadores – segundo Eusébio Luís Pinto Neto, presidente da Federação Nacional dos Frentistas (Fenepospetro).

O deputado Zeca Dirceu (PT-PR), se utilizar a mesma régua que usou para criticar Paulo Guedes, dirá em breve que o senador Oriovisto continua sendo “tigrão” com os trabalhadores em postos de combustíveis, os frentistas, enquanto se comporta como “tchutchuquina” com possíveis casos de corrupção no governo Jair Bolsonaro (PL).

Abaixo, leia a íntegra da nota de Oriovisto Guimarães anunciando a retirada da assinatura na CPI do MEC:

NOTA

Resolvi retirar a minha assinatura da CPI do MEC. Continuo acreditando que existem fatos graves no MEC que precisam ser investigados.

Porém, uma CPI tão próxima das eleições acabará em palanque eleitoral.

Então, é melhor que a investigação seja feita pela Polícia Federal e pelo Ministério Público. Assim, teremos uma investigação imparcial e técnica.

Senador Oriovisto Guimarães