O dilema do PSB

O dilema do Partido Socialista Brasileiro (PSB) no Paraná é muito parecido com o de outras seções regionais da legenda no País, salvo as peculiaridades.

Na seção paranaense, o PSB perderá dois deputados federais se não se associar à federação partidária com PT, PCdoB e PV.

Por outro lado, no mesmo Paraná, cinco deputados estaduais deixarão a agremiação socialista porque não querem conversa com o PT.

O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, tem agora de fazer uma escolha a exemplo de “Sofia”.

“A escolha de Sofia” é uma expressão que invoca a imposição de se tomar uma decisão difícil sob pressão e enorme sacrifício pessoal, como a vista no filme homônimo de 1982 que valeu a Meryl Streep o Oscar de melhor atriz.

Pois bem, deixemos Siqueira fazer sua escolha.

Economia

Enquanto isso, na política real, os deputados estaduais do PSB – que já sabem de que lado vai arrebentar a corda – negociam transferência em bloco para o PP (Partido Progressista) cujo expoente principal no estado é o deputado Ricardo Barros, líder do presidente Jair Bolsonaro (PL) na Câmara.

Ou seja, nada de ideologia ou programa envolvidos nessa discussão sobre partidos.

Os parlamentares terão uma janela da infidelidade escancarada entre 3 de março e 1º de abril, quando poderão trocar de partido sem sofrer punições.

Resumo da situação do PSB no Paraná e no Brasil: se correr o bicho pega, se ficar o bicho come.