O caso Evandro se soma ao caso Escola Base e ao caso Lula

Assisti atentamente à série “O caso Evandro”, no Globoplay, que retrata um crime que chocou o país com uma reviravolta inesperada em Guaratuba, litoral do Paraná, na década de 1990.

Os episódios deixam muito claro sobre a necessidade de controle social sobre a Polícia Militar, Ministério Público, Poder Judiciário e sobre a mídia corporativa.

O caso Evandro mostra como Celina e Beatriz Abagge, mãe e filha, foram estupradas, torturadas e presas a partir de narrativas amplamente aceitas pela mídia, que etiquetou a tragédia humana das duas mulheres como “Bruxas de Guaratuba”.

Celina e Beatriz eram esposa e filha do então prefeito de Guaratuba, Aldo Abagge – que morreu em 1995.

Sobre o caso Escola Base

O caso Evandro não é diferente do caso Escola Base, também ocorrido nos anos de 1990, porém em São Paulo, em que donos e funcionários da escolas foram injustamente acusados pela imprensa de abuso sexual contra alguns alunos de quatro anos.

Sobre o caso Lula

O caso Lula é mais recente. O ex-presidente ficou 580 dias injustamente preso, depois de um conluio entre Ministério Público Federal, ex-juiz Sergio Moro e a velha mídia. O objetivo era tirar o petista da disputa presidencial de 2018 e isso possibilitou a eleição de Jair Bolsonaro.

Economia

Sobre o Caso Evandro

O Caso Evandro, sobre o desaparecimento e morte brutal do garoto Evandro Caetano, na década de 1990, é baseado no material do podcast Projeto Humanos – Caso Evandro, do jornalista e pesquisador Ivan Mizanzuk.

A história da atração documental envolve Evandro Ramos Caetano. Aos 6 anos, ele desapareceu na cidade de Guaratuba, litoral do Paraná, em 1992. Após cinco dias de buscas, seu corpo foi encontrado num estado macabro: sem os órgãos.

Controle Social

É preciso que a sociedade controle externamente a Polícia Militar, bem como a polícia judiciária (Civil e Federal), o Ministério Público e o Judiciário.

A Lei de Meios, elaborada pelo jornalista Franklin Martins, também deve ser reapresentada para conter abusos provenientes da propriedade cruzada das empresas de comunicação, qual seja, inibir o monopólio para democratizar informação.

O professor Marcos Rolim, que foi convidado para falar na série sobre o caso Evandro, defendeu o controle social dos aparelhos de repressão do Estado. Rolim é doutor e mestre em Sociologia, jornalista e professor, pesquisador na área da segurança pública.

O caso Evandro, como mostra a série, projetou o advogado Antonio Augusto Figueiredo Basto. Atualmente, ele é conhecido como o “rei das delações” na Lava Jato.

Figueiredo Basto atuou como brilhantismo no caso Evandro defendendo Beatriz e Celina Abagge.

O caso teve cinco julgamentos diferentes. Celina Abagge ficou presa por três anos e sete meses na Penitenciária Feminina do Paraná e por mais dois anos em prisão domiciliar. Já Beatriz ficou presa por cinco anos e nove meses.