Nomeação de Eleonora e Márcia Fruet não é nepotismo

Márcia Oleskowski e sua cunhada Eleonora Fruet (Mauro Campos).
Márcia Oleskowski e sua cunhada Eleonora Fruet (Mauro Campos).
O prefeito eleito de Curitiba, Gustavo Fruet (PDT), levou algumas caneladas ao anunciar, ontem (17), a sua irmã, Eleonora, e a esposa, Márcia, como secretárias. Dizem que isso é nepotismo. Quero discordar: não é.

Eleonora, além de uma técnica reconhecidamente competente, faz política há muito tempo. Não assumirá o cargo de secretária de Finanças como prêmio de consolação ou por ser parente do prefeito eleito. Lutou pelo poder, é militante, portanto, há um exagero hipócrita em setores da mídia nativa.

O mesmo pode-se falar de Márcia O. Fruet, escalada pelo marido para comandar a Secretaria de Ação Social da prefeitura. A jornalista não recebeu um mimo, ela conquistou esse espaço fazendo política. Quem não se lembra de sua combatividade durante a campanha eleitoral? De suas tuitadas ácidas que tanto incomodavam os adversários políticos?

Não vejo ilegalidade ou imoralidade nos agentes políticos, embora haja uma tendência de demonização da política no país. Sem os políticos e os partidos regrediremos à  sociedade tribal, onde a disputa pelo poder torna-se-ia uma carnificina. As legendas partidárias foram uma invenção fantástica para mediar conflitos da humanidade, ou seja, são um marco civilizatório.

Não tenho procuração para defender as moças, mas a demagogia barata udenista não pode suplantar o Estado Democrático de Direito e a tão castigada Constituição (inclusive pelo próprio Supremo Tribunal Federal). Quem faz política, sendo parente ou não, tem o direito, sim, de ocupar espaços em governos. Não se trata de nepotismo. à‰ a minha opinião.

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