No aquecimento, general Mourão critica falta de coordenação em ações finais contra coronavírus

General Mourão começou o ano de 2020 no “aquecimento” político, pronto para a missão de assumir a Presidência da República.

Já foi dito aqui e alhures que vice é uma carreira próspera no Brasil. Dito isto, o vice-presidente da República, general Hamilton Mourão (PRTB), entrou em 2020 no aquecimento. Ele concedeu entrevista à Folha e S. Paulo, neste domingo (29), na qual critica a falta de coordenação em ações finais contra a pandemia de coronavírus.

O vice disse que há individualismo no combate ao vírus, fulanização e rotulagem quando o sujeito ou é de direita ou de esquerda. “Nós temos de buscar o meio termo e a igualdade”, pregou o general de 66 anos.

Mourão opinou sobre a falta de coordenação final na luta contra a COVID-19 no contexto da desavença havida entre o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e os governadores de estados.

O vice-presidente da República defendeu um modelo de isolamento social, de quarentena, que não seja oito nem oitenta.

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Sobre o fato de Bolsonaro esconder o resultado do exame para o coronavírus, general Mourão pediu um voto de confiança para o presidente da República. Segundo o vice, seria o pior dos mundos o presidente chegar dizer que deu negativo e depois aparecer que deu positivo.

Acerca do filho do presidente, Carlos Bolsonaro, o Carluxo, ter sentado na mesa com ministros, Mourão minimizou: “sentou, mas não abriu a boca.”

Aliás, foi Hamilton Mourão quem chamou de “Bananinha” a outra cria do presidente, Eduardo Bolsonaro, na crise diplomática com a China. O “Zero Três” havia acusado o país asiático de espalhar o coronavírus com o intuito de dominar o mundo.

Na entrevista à Folha, o vice-presidente da República discorreu ainda sobre as polêmicas declarações de Bolsonaro, tais como a “gripezinha” e ataques à mídia. Mourão saiu pela tangente em todas as respostas, mostrando que já está em pleno aquecimento.

Vice no Brasil é um cargo bastante promissor.