Navio petroleiro em risco de causar tragédia na Bacia de Campos

O navio FPSO Rio de Janeiro, afretado pela Petrobrás e que opera na Bacia de Campos, está pondo em risco o meio ambiente e a segurança dos trabalhadores de bordo. A informação é do Sindipetro Norte Fluminense.

Segundo o Sindicato, na sexta-feira (23) foi identificado um rasgo no casco do navio, a cerca de um metro de profundidade, ocasionando aumento de volume nos tanques, de acordo com informações repassadas pelos trabalhadores.

Houve a necessidade de desembarcar pessoas não essenciais, permanecendo somente aqueles para garantir a estabilidade, contenção, mergulho, entre outras atividades, em um total de cerca de 50 trabalhadores.

Uma mancha com dimensões de 4.500 metros por 200 metros, com volume estimado de 3.000 litros de óleo, foi identificada nas proximidades do navio, resultante do furo no casco do navio.

LEIA TAMBÉM
Procuradores e Corregedor esconderam ilegalidades de outdoor da Lava Jato

Dallagnol queria ser eternizado em monumento à lava jato

Economia

Dallagnol amealhou cerca de R$ 600 mil com palestras, apontam mensagens vazadas

O navio não está mais produzindo há cerca de um ano. Em Janeiro deste ano j á houve vazamento de óleo de um dos seus tanques. À época, apesar da solicitação do Sindipetro-NF, a Petrobrás descumpriu o Acordo Coletivo de Trabalho e não permitiu a participação do sindicato na comissão de investigação de acidente.

“Fico imaginando o que eles tem para esconder a bordo, além do fato do acidente”, afirmou, à época, o dirigente sindical indicado para aquela comissão, Cláudio Nunes.

Para o sindicato, o tempo veio comprovar que, apesar das tentativas de omitir e ocultar as falhas a bordo, uma hora a verdade vem a tona.

A situação reforça as mazelas do afretamento e da tercerização, que geram redução na segurança, tendo em vista que a fiscalização para a manutenção se torna mais difícil.

Com isso, os trabalhadores, que além de não terem condições mínimas de segurança para trabalhar, ficam a mercê das empresas estrangeiras que não fazem o mínimo esforço para cumprir as leis e normas de segurança vigentes no Brasil.

Com informações do Sindipetro-NF e do Portal Vermelho.