Moro vira alvo do ódio da torcida que criou nas redes sociais

O juiz Sérgio Moro vem apanhando bastante nas redes sociais, da direita e da esquerda, em virtude da absolvição de Cláudia Cruz, mulher do ex-deputado Eduardo Cunha, ocorrida nesta quinta-feira (25).

Talvez esta sentença que invoca o princípio in dubio pro reo seja a mais sensata, até agora, proferida pelo titular da Lava Jato. O mesmo instituto pode ser estendido ao ex-presidente Lula.

Aos poucos, Moro virou alvo do ódio da “torcida” que ele mesmo criou nas redes sociais. Na prática, o magistrado transformou-se em refém de um enredo no qual julgava ter maioria da população a seu lado. Portanto, ele não decidia, literalmente jogava para a torcida.

Durante seu depoimento ao juiz em Curitiba, no início de maio, Luiz Inácio avisou:

“… eu queria lhe avisar uma coisa, que esses mesmos que me atacam hoje, se tiverem sinais de que eu serei absolvido, prepare-se…”.

Dito e feito.

Economia

Nunca, em nenhum lugar do mundo, a unanimidade é ou foi uma virtude. Pelo contrário, como costumava falar o dramaturgo Nelson Rodrigues.

Tal qual Reinaldo Azevedo, jornalista despejado da Veja, Sérgio Moro cria corvos na fictícia República de Curitiba.

Mais uma vez vale a pena lembrar o provérbio espanhol: “Cría cuervos y te sacarán los ojos”.

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