Moro e Dallagnol combateram o foro privilegiado, mas agora eles também querem um em 2022

O ex-juiz Sergio Moro e o procurador Deltan Dallagnol, nos últimos 7 anos, ficaram em cima do palanque político da Lava Jato pregando contra a prerrogativa de função, que jocosamente é chamada de foro privilegiado.

Com o fim da Lava Jato e a possibilidade cada vez mais concreta de serem investigados, Moro e Dallagnol se preparam para um voo eleitoral em 2022.

Segundo os bastidores da política, em Brasília, o presidente Jair Bolsonaro teria mandado “bombeiros” sondar o ex-juiz da Lava Jato para disputar o Senado e o Dallagnol concorrer o à Câmara. Ainda não há uma resposta definitiva de ambos.

A Operação Spoofing, que investiga o vazamento de diálogos entre procuradores da Lava Jato e o ex-juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba, deixou os ex-xerifes da República de Curitiba com a bunda descoberta. Portanto, o manto do foro por prerrogativa de função –conquistado com mandatos eletivos– os protegeriam contra o sistema de persecução penal que eles criaram contra inimigos políticos e ideológicos tanto no parlamento quanto no judiciário.

Ou seja, Moro e Dallagnol lutam agora contra o efeito bumerangue da Lava Jato.