Moro depõe hoje na Câmara; acompanhe ao vivo pelo Blog do Esmael

Daqui a pouco, a partir das 14h, o ministro Sérgio Moro voltará à Câmara para se explicar sobre o conluio havido entre ele [quando era juiz] e procuradores que atuam na Lava Jato. O Blog do Esmael vai transmitir a sessão ao vivo para o Brasil e o mundo.

Segundo o site The Intercept Brasil, fundado pelo jornalista Glenn Greenwald, Moro e a força-tarefa da Lava Jato, coordenada pelo procurador Deltan Dallagnol, combinavam estratégias para tornar impossível a defesa do acusado. A força-tarefa teria funcionamento como se fosse um tribunal de exceção.

O sistema penal acusatório previsto na Constituição Federal proíbe veementemente que o julgador atue para enfraquecer a defesa reforçando a acusação. A falta de imparcialidade do julgador causa nulidade absoluta da sentença.

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Para ferver ainda mais o k-suco, hoje à tarde, a Folha trouxe neste domingo (30) nova reportagem em conjunto com o Intercept acerca da delação de Léo Pinheiro, ex-presidente da construtura OAS. De acordo com o jornal, o delator mudou a versão duas vezes até chegar ao agrado dos procuradores da Lava Jato, isto é, quando soletrou a palavra mágica “LU-LA”.

Aliás, o jornalista Ranier Bragon, colunista da Folha, afirma nesta terça-feira (2) que Moro vai sentar-se no “banco dos réus” na Câmara amesquinhado.

Economia

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Moro nunca foi juiz imparcial

O ministro Sérgio Moro foi acusado pela série de reportagens do site Intercept de liderar um corrupto esquema na Lava Jato que visava punir adversários políticos e ideológicos. Segundo conversas secretas divulgadas pelo jornalista Glenn Greenwald, o então magistrado paranaense combinava com o procurador Deltan Dellagnol, coordenador da força-tarefa, estratégias para agravar [ou aliviar] a situação de acusados.

Além de auxiliar a acusação (Ministério Público Federal), o ex-juiz também coordenava as ações de mídia da Lava Jato contra a defesa de réus –a exemplo do que ocorreu no dia do depoimento do ex-presidente Lula, 10 de maio de 2017. Moro pediu para que o MPF contestasse o ‘showzinho da defesa’ por meio de nota à imprensa.

O pedido de ajuda de Moro ao procurador Deltan, no caso desses “alguns tontos” do MBL, é mais uma evidência sobre o grau de promiscuidade e irmandade entre magistrado e MPF.

O sistema penal acusatório previsto na Constituição Federal proíbe veementemente que o julgador atue para enfraquecer a defesa reforçando a acusação. A falta de imparcialidade do julgador causa nulidade absoluta da sentença.

Acerca das reportagens do Intercept

O combate à corrupção era feito com métodos corruptos, fora da lei, segundo revelou o site The Intercept ao Brasil e ao mundo.

1- juiz e acusação afastaram e escalaram procuradores para o caso Lula;

2- eles combinaram estratégia comum [julgador e MPF] para agravar a situação de acusado;

3- eles vazaram seletivamente para a velha mídia com a finalidade de prejudicar uma das partes;

4- eles protegeram político do PSDB que não queriam melindrar e, portanto, proteger de seus rigores midiáticos;

5- aliás, eles faziam o plano de mídia conjuntamente contra adversários políticos e adversários; e

6- a delação de Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, foi “montada” para incriminar Lula no caso do tríplex.