O vídeo distribuído na noite deste sábado (6) pelo juiz Sérgio Moro pode perfeitamente confundi-lo com um líder de gangue, de patotas prontas para reagir no braço. É o que dizem juristas ouvidos pelo Blog do Esmael.
“Esse apoio sempre foi importante, mas nessa data ele não é necessário”, disse ontem o magistrado ao dirigir-se a um imaginário exército que julga ter. (Os últimos apoiadores da Lava Jato foram despejados ontem pela Justiça a pedido do prefeito Rafael Greca).
Operadores do direito são unânimes em afirmar que “não é papel de um juiz ficar dando declaração nas redes sociais acerca de audiências, se transcorrerão ou não dentro da normalidade”. “Esse é papel da polícia, da segurança pública, entender se haverá ou não manifestação popular”.
Juristas reprovam ainda a “partidarização” da Lava Jato, pois, segundo eles, a atribuição do juiz, pela investidura que recebeu, através de concurso, pressupõe a existência de um juízo imparcial.
“Imaginemos todos os juízes pedindo apoio nas redes sociais ou se motivando pela opinião pública no julgamento de todos os processos. Seria o fim do direito”, argumenta um advogado em mensagem ao Blog do Esmael.
Quanto ao protesto de partidários de Lula nesta quarta-feira, 10 de maio, em Curitiba, especialistas opinam que “é papel dele” enquanto um dos maiores líderes de massa do mundo reagir às incriminações imputadas a ele.
Relembre o vídeo gravado ontem por Sérgio Moro:
Leia também:
URGENTE: Greca despeja acampamento pró-Moro em Curitiba
Requião: “depoimento de Duque absolve ex-presidente Lula”
Sem massa, Lava Jato apela aos outdoors
Depoimento de Duque era a “bala de prata” de Moro que falhou
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.
Comments are closed.