Mídia chantageia Dilma: “Lava Jato arrefece se antecipar indicação de ministro da Fazenda”

dilma_fazenda_pf.jpgPara um bom entendedor meia palavra basta, diz ditado popular.

Desde o início desta semana, a velha mídia brasileira faz chantagem aberta contra a presidenta Dilma Rousseff. Os donos de jornalões, emissoras de rádio e televisão, portais na internet, perderam a vergonha na cara ao propor uma trégua tácita à  petista condicionada ao anúncio do novo ministro da Fazenda.

O mercado! !“ leia-se, banqueiros !“ utiliza a mídia como porta-voz de sua ansiedade, que não é a mesma do povo e do governo. O novo mandato de Dilma só começa 1!º de janeiro de 2015, portanto, existe tempo de sobra para a escolha do titular da economia.

Há os preferidos do mercado e da mídia: Luiz Trabuco (Bradesco) e Henrique Meirelles (ex- Bank Boston e ex-BC).

Na tarde desta quinta-feira (20), por exemplo, teve até desmentido da presidenta Dilma sobre suposta definição para a Fazenda: Não divulguei nada. Vocês dão fora atrás de fora!.

Os barões da mídia e os homens de mercado!, como definiu o ex-ministro Delfim Neto, chantageiam a presidenta com os holofotes da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, que enjaulou empreiteiros antes intocáveis pelo status quo.

Economia

Dilma deveria ser homenageada, pois ela não permitiu que se jogasse a sujeira debaixo do tapete. Sua gestão republicana !“ doa a quem doer! — é que possibilitou essas prisões. Nunca é demais lembrar que graças à  Lei Anticorrupção sancionada por ela, no ano passado, o dinheiro desviado poderá voltar aos cofres públicos.

A estratégia do mercado e da mídia é transformar Dilma numa espécie de Rainha da Inglaterra! !“ governa, mas não manda !“ retirando-lhe o poder da condução econômica do país.

Se a presidenta abrir mão de indicar o ministro da Fazenda e o presidente do Banco Central, na prática, abriria mão de governar pelos próximos 4 anos.

A chantagem do mercado e da mídia tem encontrado pouco eco nas ruas, mas quando podem incentivam protestos aqui e ali.

O objetivo não é mais derrubar Dilma, mas enfraquecê-la para aceitar a imposição de nomes para conduzir a economia.

As pessoas de boa-fé que se manifestam nos asfaltos das cidades pedindo impeachment, intervenção militar, recontagem de votos, novas eleições, etc., e até mesmo aqueles que se movimentam pelo ódio ao PT, nada mais são do que massas de manobra dos espertalhões que se identificam como mídia! e mercado!.

Traduzindo: eles querem tomar o talão de cheques assinados, que está nas mãos de Dilma, mas que pertencem ao povo brasileiro. Esse é o verdadeiro motivo de tanta histeria na mídia. Nada mais.

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