Mesmo censurado, Gaeco avança sobre corrupção na Receita Estadual

publicanoApesar de tentativas judiciais, políticas e de censura de parte da velha mídia para “melar” a Operação Publicano do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), as investigações avançam, e o Ministério Público do Paraná (MP-PR) já trabalha para bloquear os bens dos envolvidos para que seja possível reaver valores desviados.

O ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Sebastião Reis Júnior, negou liminares a três habeas corpus que tentavam suspender as ações da operação e contestavam a nomeação de um juiz exclusivo para atuar nas denúncias de corrupção na Receita Estadual.

Sem conseguir refutar as provas e os fatos criminosos descritos nas denúncias do Ministério Público, os réus buscam agora possíveis falhas processuais para escapar da lei.

Portanto, parece que os auditores fiscais e servidores da Receita envolvidos diretamente no esquema de corrupção devem sofrer condenações e devolver recursos desviados, assim como os empresários que também se beneficiaram do esquema pagarão multas e compensações. Mas não é difícil concluir que estes não são os verdadeiros mentores, organizadores e chefes da quadrilha.

O Gaeco vem fazendo a sua parte e já encaminhou à Procuradoria-Geral de Justiça (PGJ) informações sobre o suposto envolvimento do governador Beto Richa (PSDB), do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Durval Amaral, e de seu filho, o deputado estadual Tiago Amaral (PSB), no esquema de corrupção na Receita Estadual. Mas a PGJ não levou as investigações a diante.

Os indícios de que o esquema foi orquestrado dentro do Palácio Iguaçu são fortes, com a participação de parentes de Richa, como seu primo, Luiz Abi Antoun, além das suspeitas do envolvimento de sua esposa, Fernanda Richa, que teria arrecadado  R$ 2 milhões para a campanha do marido junto aos auditores fiscais em troca de um decreto de promoção em suas carreiras.

Economia

Há alguns dias, o grupo “Vai Gaeco”, organizado nas redes sociais, iniciou uma campanha para pressionar os deputados estaduais a instalarem uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Assembleia Legislativa do Paraná. É uma bandeira válida, totalmente justificada, mas do jeito que a maioria dos deputados vem agindo com relação ao governo, dificilmente o pedido será atendido.

A novidade disso tudo deverá vir da Lava Jato, com quem o Gaeco compartilha informações. Possivelmente haverá conexões com a próxima “Operação Independência”, conforme anotou nesta sexta-feira (28) o Blog do Esmael.

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