Médicos brasileiros serão submetidos a exame antes de atuar, defende futuro ministro da Saúde

O futuro ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, defendeu exames semelhantes aos da OAB para médicos brasileiros que desejam atuar no país.

De acordo com Mandetta, avaliações periódicas — ou exigência de participação em cursos — terão o objetivo de monitorar “como os profissionais estão se desenvolvendo, como estão se especializando” ao longo da carreira médica.

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O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) criticou a proposta de seu futuro ministro da Saúde e comparou o exame ao da OAB que forma jovens para transformá-los em boys de luxo em escritórios de advocacia.

“Eu sou contra o Revalida para os médicos brasileiros, senão vai desaguar na mesma situação que acontece na OAB. Não podemos formar jovens e depois submetê-los a ser boys de luxo em escritórios de advocacia”, comparou o Coiso.

A OAB reagiu à declaração de Bolsonaro que insinuou haver um “cartório” na advocacia. A entidade afirmou que o Exame de Ordem é um importante meio para aferir a qualidade do ensino do direito.

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Apesar de mais essa lambança em que o presidente eleito desautoriza o futuro ministro da Saúde e o presidente da OAB defende o “cartório” do Conselho Federal, Mandetta reafirmou a necessidade de controle da qualidade do profissional médico.

Segundo o futuro ministro, tem médico cuja única atividade que faz em 41 anos — que é o tempo de vida ativa na profissão — é a inscrição no conselho profissional. “Os médicos precisam ter monitoramento de como estão se desenvolvendo, como estão especializando”, disse.

Resumo da ópera: a tendência é que os médicos também “ganhem” um Exame de Ordem e os conselhos de medicina um reforço no cartório, isto é, no caixa.