MEC mergulhado no caos por ‘briga ideológica’ e Vélez enfraquecido


Um dos motes falaciosos do então candidato à presidente da República Jair Bolsonaro (PSL), era que a futura indicação dos ministros seria norteada apenas pelo critério técnico e de eficiência comprovada. Eleito, a promessa não foi cumprida. E o caso do Ministério da Educação é revelador e preocupante.

Um dos maiores e mais estratégicos ministérios, o MEC atravessa uma forte turbulência política provocada por uma interminável briga ideológica entre os seguidores do jornalista Olavo de Carvalho e os militares, ligados aos generais do Planalto.

Segundo o jornal Valor, ex-integrantes do MEC afirmaram que a situação da pasta é “caótica” e lamentaram a dança das cadeiras da última semana. O quadro, na avaliação deles, é de “profunda dependência ideológica”, o que dificulta a condução de políticas públicas. O cenário tem motivado a irritação de prefeitos e governadores, que reclamam que as medidas do ministério estão travadas na Esplanada.

Quadros técnicos especializados e de carreira na instituição, temem que a disputa por posições de comando e de linhas ideológicas afetem áreas estratégicas para o funcionamento das políticas públicas, como a Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), o INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), o FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação) e programas de ação já estabelecidos por gestões anteriores.

Por outro lado, é cada vez mais frágil a posição do ministro Ricardo Vélez Rodriguez, que virou alvo dos ataques furiosos do antigo aliado Olavo de Carvalho.

*Com informações do jornal Valor

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