‘Me chama que eu não vou’: Requião sonhou com seu ex-secretário de Comunicação, Fábio Campana, morto no ano passado

► Requião sonhou com seu ex-secretário de Comunicação, Fábio Campana, vitimado pela covid em maio de 2021
► Requião disse que “conversou” com secretário morto no ano passado

O ex-senador Roberto Requião (PT), pré-candidato ao governo do Paraná, que se convalesce da covid, disse que sonhou a noite passada com seu ex-secretário de Comunicação, o jornalista Fábio Campana, morto pela doença em maio do ano passado.

– Requião, venha conversar comigo. Venha, Requião – dizia uma voz no subconsciente, durante o sonho, atribuída ao ex-secretário.

Mulheres fazem manifestação nesta quinta contra Ratinho Junior em Guarapuava

Mas, ainda enquanto dormia, Requião rejeitou a “conversa” com Campana.

– Não, eu não vou. Não me chama porque eu não vou – respondia elegantemente o pré-candidato do PT, alegando que tinha uma eleição para ganhar no Paraná e um Brasil para ajudar a consertar.

Durante sua palestra, Fábio Campana “previu” que Requião será eleito pela quarta vez governador do Paraná.

Paranavaí se levanta contra a presença de Ratinho Junior; assista o vídeo

Em suas palestras na caravana pelo interior, Roberto Requião, 81 anos, tem assegurado a correligionários e apoiadores que – depois de check-ups em especialistas internacionais – viverá até os 135 anos.

Economia

– Ainda tenho 40 anos para contribuir na vida pública, depois disso eu vou jogar bocha numa praia de Matinhos – repete como se fosse um mantra.

Sobre Fábio Campana

Fábio Campana faleceu [†] dia 29 de maio de 2021, em Curitiba, às 19h30. Foi escritor, poeta, jornalista, publicitário e editor.

Fábio Campana nasceu em 1947 no município paranaense de Foz do Iguaçu. Viveu em Curitiba desde 1960.

Publicou Restos Mortais, contos (1978); No Campo do Inimigo, contos (1981); Paraíso em Chamas, poesia (1994); O Guardador de Fantasmas, romance (1996); Todo o Sangue (2004); O último dia de Cabeza de Vaca (2005); Ai (2007); A Árvores de Isaías (2011); O Ventre, o Vaso, o Claustro (2017); e As Coisas Simples (2019).

Foi diretor da editora Travessa dos Editores, onde também dirigiu as revistas Et Cetera e Ideias.

No jornalismo, além de editor de seu blog por 15 anos, foi editor da revista Atenção e do jornal Correio de Notícias. Atuou como colunista político dos jornais Gazeta do Povo, O Estado do Paraná, Tribuna do Paraná, Gazeta do Paraná e Tribuna do Norte. Foi comentarista de política das rádios BandNews, Banda B e CBN no Paraná. Como repórter, foi autor de matérias marcantes, como “Sodomia, suor e látego”, publicada na extinta Revista Panorama, em 1979. A reportagem denunciava as condições do sistema prisional juvenil do Paraná.

Deu na Globo: Governo Ratinho Junior mentiu sobre plano de contingência no ataque de criminosos a Guarapuava

Foi secretário de Comunicação Social da Prefeitura de Curitiba e secretário de Estado da Comunicação Social em três administrações do Governo Estadual do Paraná.

Como publicitário, trabalhou nas agências Equipe e Exclam. No campo do marketing político, atuou em diversas campanhas para governador do Paraná e em inúmeras campanhas para prefeituras, além de ter dirigido a comunicação das campanhas presidenciais que elegeram dois presidentes do Paraguai: as de Juan Carlos Wasmosy (1993) e de Raúl Cubas Grau (1998).

Foi filiado ao Partido Comunista em 1960 e esteve filiado ao PCdoB até 1981, quando deixou o partido. Foi preso político em 1966 e em 1970.

Casado com a psicóloga e professora Denise de Camargo desde 1975, Fábio Campana deixa também dois filhos e um neto.