O ex-marqueteiro João Santana, em um ajuste de contas com seus ex-companheiros, guardou na geladeira para conservar bem as mágoas que têm de Lula e Dilma Rousseff. O ódio do moço contra petistas exala nos vídeos em que Ciro Gomes, pré-candidato do PDT aparece “babando” de raiva.
Políticos, institutos de pesquisas e cronistas experientes veem uma tática eleitoral suicida do ex-ministro de Lula [Sim, Ciro Gomes foi ministro de Lula].
O antipetismo e o antilulismo de Ciro chamou a atenção até do jornalista Fernado Gabeira, na GloboNews.
Ex-deputado federal pelo PV, Gabeira disse no ar que seria mais fácil Ciro Gomes desconstruir o presidente Jair Bolsonaro –que hoje é mais vulnerável política e eleitoralmente. “Seria mais adequado se ele guardasse esses cartuchos para o segundo turno”, avaliou.
A bronca de João Santana vem desde 2016, quando o então marqueteiro do PT foi alvo na 23ª fase da Operação Lava Jato.
Pré-candidato ao governo do Paraná, Roberto Requião, que viu “irracionalidade” de Ciro Gomes nos ataques a Lula e Dilma disse o ex-ministro errou ao transformar o marqueteiro João Santana em estrategista de campanha.
“Olhando de fora, sem juízo ético ou moral, o erro de Ciro foi transformar o marqueteiro em estrategista”, afirmou Requião. “Seu alvo deveria ser focado em Bolsonaro, no momento o mais frágil”, complementou.
Do ponto de vista das intenções de voto, Ciro não ganhou nenhum ponto pelos ataques. Pelo contrário. Bolsonaro avançou e Lula segue consolidado na dianteira.
Em síntese: o marqueteiro João Santana faz de suas mágoas pretéritas uma tática suicida de Ciro Gomes na disputa presidencial de 2022.
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Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.