O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva volta pela primeira vez a Curitiba desde que foi solto e sua prisão considerada inconstitucional pelo STF. O petista desembarcará na capital do Paraná na próxima sexta-feira, dia 18, para abonar a ficha de filiação do ex-senador Roberto Requião, que irá disputar pelo PT o governo do Paraná. O Blog do Esmael divulgou essa informação em primeira mão na quinta-feira, dia 10 de março.
Além de retornar a Curitiba pela primeira vez desde que foi solto, Lula ainda visitará o município de Londrina, o segundo maior do Paraná. Ele e Requião irão a um assentamento para fazer homenagem aos agricultores do Movimento Sem Terra (MST), que durante a pandemia, distribuiu mais de 800 toneladas de alimentos para paranaenses que estavam em situação de fome.
Requião e tropa do PT se reúnem na Ilha dos Valadares
Roberto Requião é pré-candidato ao governo do Paraná e estava sem partido desde agosto de 2021, quando se desfiliou do MDB por não compactuar com os caminhos que o partido estava seguindo e agora foi convidado pelo ex-presidente Lula a se filiar ao PT.
Recentemente, Lula disse que gosta de graça de Requião e que é um dos únicos políticos que tem licença para criticá-lo. O ex-presidente também lembrou que o ex-governador de São Paulo, Mário Covas, do PSDB, igualmente tinha essa liberdade.
– Gosto do Requião de graça e eu gostava do Mário Covas de graça – afirmou há um mês durante uma entrevista a rádios do Paraná.
Lula ainda disse que terá imenso prazer de ser cabo eleitoral do Requião no Paraná.
A decisão de Requião se filiar ao PT ocorreu depois dele ouvir oito legendas que prometem apoiá-lo na volta ao governo do Paraná.
O evento de filiação de Requião será na Expo Unimed Curitiba, na sexta-feira (18/03), às 19h, cujo teatro fica anexo à Universidade Positivo, na Rua Prof. Pedro Viriato Parigot de Souza, 5300 – Cidade Industrial De Curitiba (CIC).
Lula ficou ilegal e inconstitucionalmente preso em Curitiba por 580 dias
Lula ficou ilegalmente preso em Curitiba entre 7 de abril de 2018 e 8 de novembro de 2019, totalizando 580 dias nas dependências da Polícia Federal do Paraná.
O Supremo Tribunal Federal anulou todas as sentenças do político Sergio Moro, então juiz da Lava Jato, hoje pré-candidato a presidente pelo Podemos. Moro foi declarado um juiz suspeito pelo Supremo.
A Justiça também arquivou todas as 24 acusações contra o petista, que ficou “zerado” para a disputa presidencial de 2022.