O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) embarcou hoje rumo ao Japão, onde marcará presença no segmento de engajamento externo da Cúpula do G7. O convite foi feito pelo primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, e representa um importante passo para o Brasil na retomada do engajamento com as principais economias do mundo. O evento, que reunirá os líderes das sete maiores economias globais, será realizado nos dias 20 e 21 de maio, em Hiroshima.
Esta será a sétima vez que Lula participa da Cúpula do G7, tendo comparecido pela última vez em 2009. Após mais de uma década de ausência do Brasil nesse encontro de líderes, a presença do presidente reafirma o posicionamento do país em assuntos internacionais e marca um retorno significativo ao cenário global.
A Cúpula do G7 abordará temas cruciais para a comunidade internacional, incluindo segurança alimentar, inflação e endividamento de nações em desenvolvimento, combate às mudanças climáticas, fortalecimento do sistema de saúde mundial e a guerra na Ucrânia. Esse último tema é especialmente importante para o presidente brasileiro, que busca reunir países neutros para negociar um acordo de paz. A declaração final do G7 deve refletir a visão do Brasil em relação a esse conflito, bem como destacar a importância da segurança alimentar.
O desenvolvimento sustentável e a situação econômica dos países em desenvolvimento também estão na agenda do presidente Lula. A crise econômica na Argentina será um dos tópicos levantados pelo presidente durante o evento. Lula buscará apoio para que o Fundo Monetário Internacional (FMI) alivie a pressão sobre a Argentina, a fim de evitar uma crise ainda maior no país vizinho. A desvalorização do peso, a perda do poder de compra e a alta inflação têm impactado negativamente a economia argentina, e medidas urgentes são necessárias para reverter essa situação.
Durante sua estadia no Japão, Lula participará de três reuniões temáticas e terá encontros bilaterais com pelo menos três chefes de Estado e de governo. Os primeiros encontros estão agendados para sexta-feira (19/5), com o premiê japonês, Fumio Kishida, o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, e o presidente da Indonésia, Joko Widodo. Além desses, outros líderes manifestaram interesse em se reunir com o presidente brasileiro, aguardando apenas a conciliação de agendas.
No sábado (20/5), Lula terá uma participação crucial na primeira reunião temática da Cúpula do G7, onde serão debatidos desafios contemporâneos que afetam diretamente a vida das pessoas, como a segurança alimentar, a saúde, a equidade de gênero e a democracia. Esses são temas urgentes que demandam atenção e ação imediata por parte dos líderes mundiais.
Na segunda reunião, que ocorrerá no mesmo dia, os debates se concentrarão nos desafios ambientais, nas mudanças climáticas e na necessidade de uma transição energética sustentável. O mundo está enfrentando uma crise climática sem precedentes, e é fundamental que os governantes assumam a responsabilidade de encontrar soluções eficazes.
Por fim, no domingo (21/5), os chefes de Estado e de governo terão uma oportunidade única de visitar o Memorial da Paz de Hiroshima, um local que evoca as memórias dolorosas dos horrores da guerra. Esse momento simbólico encerrará a cúpula com uma discussão profunda sobre a importância da paz duradoura, da prosperidade global e do desenvolvimento sustentável.
A reflexão sobre os trágicos acontecimentos passados serve como um lembrete poderoso de que devemos trabalhar incansavelmente pela construção de um mundo mais pacífico e justo para todos. É nisso que se apoia Lula para levantar a bandeira da paz e contra a guerra na Ucrânia, por exemplo.
LEIA TAMBÉM
- O ex-juiz e senador Sergio Moro acredita que ele será o próximo a ser cassado pela Justiça Eleitoral
- Em Curitiba, lavajatistas acusam Flávio Dino de “bruxaria” pela Lei da Ficha Limpa que cassou Deltan Dallagnol
- Deltan Dallagnol era bem lembrado para a Prefeitura de Curitiba, dizem institutos de pesquisa