Lula vem aí

Gleisi Hoffmann e o recém-eleito presidente do PT do Paraná, deputado Arilson Chiorato: preparação de caravanas na soltura de Lula.
A iminência da soltura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva movimenta os bastidores da política e o PT já planeja uma nova caravana nacional com vistas à eleição de 2022.

Lula deverá ser solto a partir da próxima quarta-feira (23), após o Supremo Tribunal Federal (STF) concluir o julgamento das ADCs (ações declaratórias de constitucionalidade) do artigo 283 do Código de Processo Penal (CPP), que espelha o inciso LVII do artigo 5º da Constituição Federal.

‘Ninguém será considerado culpado até transito em julgado de sentença penal condenatória’,diz o dispositivo.

Nesse julgado no STF, a presunção da inocência deverá golear por 7 votos a 4 o punitivismo. A prisão é do ministro Marco Aurélio Mello, relator das ADCs 43, 44 e 54.

“O STF precisa fazer valer a Constituição Brasileira, garantindo a presunção de inocência e o direito à ampla defesa. Não faz sentido uma carta magna que vale pela metade e sem assegurar direitos previstos no ordenamento jurídico”, afirma a presidenta nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR).

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Além desse debate na corte máxima, que pode redundar na impossibilidade da execução antecipada da pena, o alvará de soltura de Lula ainda poderá ser expedido pela Segunda Turma.

O colegiado vai julgar o mérito do pedido da suspeição do ex-juiz Sérgio Moro, que, se acatado, as sentenças do atual ministro da Justiça seriam anuladas e os processos contra Lula voltariam à estaca zero.

Nesse cenário, o ex-presidente não seria mais réu e seus direitos políticos seriam retomados e ele poderia concorrer à Presidência da República.

Lula livre, ele voltaria a correr os quatro cantos do País. É o que o PT planeja.

Por incrível que possa aparecer, a soltura do ex-presidente Lula interessa –e muito– ao presidente Jair Bolsonaro (PSL).

O presidente da Paraná Pesquisas, Murilo Hidalgo, analisa que a soltura do ex-presidente Lula seria a ‘salvação’ para o capitão.

“A liberdade de Lula não interessa a Ciro Gomes nem ao ministro da Justiça Sérgio Moro porque, num cenário polarizado, os dois seriam colocados de escanteio”, disse Hidalgo ao Blog do Esmael no último dia 11 de outubro.