Lula vai à Justiça pela suspeição de procuradores do caso dos caças suecos

O ex-presidente Lula foi à 10ª Vara Federal Criminal do Distrito Federal pedir a suspeição dos procuradores da República Frederico de Carvalho Paiva e Herbert Reis Mesquita na ação sobre a compra de caças suecos Gripen para a Força Aérea Brasileira (FAB).

Segundo a defesa do petista, mensagens da Operação Spoofing –apreendidas com os hackers– revelam que a denúncia dos caças foi idealizada pelos integrantes da Lava Jato dentro de um “plano” que buscava liquidar Lula por meio de “acusações frívolas, apresentadas em número elevado e repetidas”.

De acordo com os advogados de Lula, os procuradores de Curitiba recorreram à atuação ilegal da Receita Federal e a articulações irregulares com autoridades norte-americanas para apresentar essa acusação.

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Ao pedir a declaração de suspeição, os defensores do ex-presidente sustentam que Paiva e Mesquita foram envolvidos nessas discussões em grupos no Telegram e “não apenas tomaram conhecimento das ilegalidades que estavam sendo praticadas pela ‘Lava Jato’ de Curitiba contra os excipientes [Lula e seu filho Luís Cláudio Lula da Silva] como também passaram a delas participar”.

Na petição à Justiça, a defesa afirma que os procuradores em conluio sabiam que Lula e seu filho Lulinha não praticaram irregularidades quanto à compra dos caças, mas, mesmo assim, eles decidiram levar adiante a acusação com revisão dos procuradores da “Lava Jato” de Curitiba.

Economia

Os advogados de Lula ainda argumentam que a denúncia dos procuradores se baseiam em delações mentirosas de Antonio Palocci, ex-ministro da Fazenda e da Casa Civil, e que Paiva e Mesquita não têm imparcialidade para trabalhar no caso dos caças suecos.

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