► Se se confirmar uma eleição de turno único, perderá quem piscar primeiro
Cena 1: O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desembarcou esta semana em Brasília, onde, além de receber apoio da Rede Sustentabilidade, voltou a se encontrar com dirigentes e parlamentares do MDB, PSD e PDT.
Cena 2: No início deste mês que se finda, o Blog do Esmael revelou que institutos de pesquisas projetaram que Bolsonaro ultrapassaria Lula até julho – vésperas das convenções partidárias.
Cena 3: Lula intensificou contatos com o PDT, de olho numa eventual desistência de Ciro Gomes.
Cena 4: Bolsonaro não tem medido esforços para impedir candidaturas da finada terceira via: primeiro, inviabilizou Sergio Moro; depois ordenou que partidos como União Brasil, MDB e Podemos não se unam ou lancem candidaturas próprias.
Nas pesquisas de intenção de votos, a despeito de torcidas, Lula está na frente e pode vencer no primeiro turno.
Os luas-pretas e alquimistas do Palácio do Planalto prometem a Bolsonaro dianteira em dois meses.
Precavido, o ex-presidente Lula corre o trecho para manter a vantagem numérica.
Sem terceira via, a eleição presidencial de outubro tende a ser resolvida em um único turno.
O jogo é bruto.
Bolsonaro tenta arrastar Lula para o terreno movediço da pauta moral enquanto Lula puxa Bolsonaro para a discussão econômica. Ambos tentam desviar das cascas de banana nessa pré-campanha.
Se se confirmar uma eleição de turno único, perderá quem piscar primeiro.