Lula e Alckmin divulgam nota de pesar pelo falecimento de Bruno Pereira e Dom Phillips

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-governador Geraldo Alckmin, nesta quarta-feira (15/06), divulgaram nota conjunta de pesar pelas mortes do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips.

Veja íntegra abaixo:

“A confirmação do assassinato de Bruno Pereira e Dom Phillips é uma notícia chocante, que nos causa dor e indignação. Nossa primeira palavra é de solidariedade aos familiares, amigos e amigas do indigenista e do jornalista.

Bruno e Dom dedicaram a vida a fazer o bem. Por isso percorreram o interior do Brasil, ajudando, protegendo e contando a vida, os valores e o sofrimento dos povos indígenas.

O mundo sabe que este crime está diretamente relacionado ao desmonte das políticas públicas de proteção aos povos indígenas. Está diretamente relacionado também ao incentivo à violência por parte do atual governo do país.

O que se exige agora é uma rigorosa investigação do crime; que seus autores e mandantes sejam julgados. A democracia e o Brasil não toleram nem podem mais conviver com a violência, o ódio e o desprezo pelos valores da civilização.

Economia

Bruno e Dom viverão em nossa memória e na esperança de um mundo melhor”.

Luiz Inácio Lula da Silva

Geraldo Alckmin

Bolsonaro limitou-se a dizer que “inglês” morto era malvisto na Amazônia

O presidente cessante Jair Bolsonaro (PL), ao contrário de Lula, lançou dúvidas acerca do jornalista britânico assassinado na Amazônia.

– Esse inglês era mal visto na região, porque fazia muita matéria contra garimpeiros, questão ambiental, então, naquela região lá, que é bastante isolada, muita gente não gostava dele – disse Bolsonaro.

– Ele tinha que ter mais que redobrada atenção para consigo próprio e resolveu fazer uma excursão. A gente não sabe se alguém viu e foi atrás dele, lá tem pirata no rio, lá tem tudo que possa imaginar – afirmou o mandatário.

O presidente da República completou dizendo que “é muito temerário você andar naquela região sem estar devidamente preparado fisicamente e também com armamento devidamente autorizado pela Funai, que pelo que parece não estavam.”

Bolsonaro tinha botado a culpa nos dois, Bruno e Dom Phillips, pelo sumiço. Segundo o mandatário, ambos estavam em uma “aventura não recomendável” pela Amazônia.