Lula cresce enquanto Bolsonaro estagna na pesquisa do Ipespe

► Para 70%, Bolsonaro é culpado pelo preço abusivo dos combustíveis
► Pesquisa Ipespe/XP mostra Lula com 44% e Bolsonaro com 26%

O Ipespe divulgou sua segunda pesquisa registrada nesta sexta-feira (25/03), que mostra o ex-presidente Lula crescendo enquanto registra a estagnação da candidatura de Jair Bolsonaro (PL).

De acordo como levantamento de hoje, Lula subiu de 43% para 44% das intenções de voto e Bolsonaro marcou 26% – o mesmo índice da pesquisa anterior do Ipespe/XP.

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Na pesquisa de hoje, Sérgio Moro aparece com 9%, Ciro Gomes com 7% e João Doria com 2%. Simone Tebet, Eduardo Leite, André Janones e Luiz Felipe D’Ávila marcaram 1% cada.

Na prática, dentro da margem de erro de 3,2 pontos, a pesquisa Ipespe/XP também nos diz que Lula pode vencer a disputa presidencial já no primeiro turno.

Nesta quinta-feira (24/03), o instituto Datafolha havia indicado a vitória do ex-presidente na primeira etapa eleitoral.

Pesquisa espontânea

Na espontânea, Lula manteve 36% e Bolsonaro oscilou de 26% para 25%. Moro obteve 5%, mantendo um gradual aumento que partiu de 1% em setembro de 2021.

Economia

Em relação à economia, aumentou de 61% para 63% o percentual de brasileiros que acreditam que o país está indo no caminho errado; e de 15% para 18% a proporção dos que dizem ter muito medo do coronavírus.

Segundo turno: Lula 54% x 31% Bolsonaro

Nos cenários de segundo turno, Lula vence Bolsonaro por 54% a 31%, vantagem que se ampliou em 3 pontos em relação ao levantamento anterior, quando Lula tinha 53% e Bolsonaro 33%. O petista tem 37 pontos de vantagem em eventual disputa contra Leite, 35 contra Doria, 27 contra Ciro e 22 contra Moro.

Jair Bolsonaro, por sua vez, bate Leite por 1 ponto, mas perde para Moro por 2, Doria por 3 e para Ciro por 12 pontos.

Bolsonaro é culpado pelo preço abusivo dos combustíveis

A pesquisa mostrou ainda que 75% dos Brasileiros atribuem ao menos um pouco de responsabilidade pelo aumento dos preços de combustíveis à guerra na Ucrânia, 70% a Bolsonaro, 68% aos governadores, 60% aos governos anteriores de Lula e Dilma e 56% ao STF.

Como os eleitores podiam apontar mais de um responsável, 21% deles acreditam que todos os fatores tiveram ao menos um pouco de responsabilidade.

A pesquisa também mediu a avaliação dos candidatos mais bem colocados em relação a posições que ocupam ou ocuparam no passado.

Lula tem 58% de avaliação positiva (soma de quem respondeu Bom e Ótimo) de quando foi presidente, Moro de 33% de quando foi ministro da justiça, Ciro 27% de quando foi ministro da Fazenda e da Integração nacional, Bolsonaro 26% no governo federal e João Doria 23% como atual governador de São Paulo.

Foram realizadas 1.000 entrevistas de abrangência nacional, nos dias 21, 22 e 23 de março.