Londrina tem o Papai Noel mais feio do mundo, segundo a direita

Londrina entrou no centro de uma disputa política insólita, alimentada pela própria direita. O programa Pânico, da Jovem Pan, franquia alinhada ao bolsonarismo, classificou o Papai Noel da cidade como “horroroso” e incentivou sua audiência a enviar fotos para eleger “o pior do Brasil”. A provocação virou combustível nas redes e arrastou o prefeito Tiago Amaral (PSD) para a briga.

A transcrição do vídeo mostra o tom debochado da emissora, que tratou a decoração natalina como alvo político. Um dos apresentadores afirmou “O que me mandaram aqui diz que o Papai Noel de Londrina é horroroso, então por favor mandem fotos”. Na sequência, continuou “Nós vamos escolher o pior, o pior gasto de Natal da prefeitura”.

O ataque prosseguiu com sarcasmo sobre o símbolo natalino da segunda maior cidade do Paraná. “Com todo o respeito a Londrina, dinheiro não falta”, disse um integrante do programa, antes de completar que o Papai Noel “é feio, é feio, parece que não acabou”. Outro comentário reforçou o escárnio: “Sou de Londrina. ***** mesmo.”

A viralização do vídeo incendiou o debate político local. Amaral vê “intriga da oposição” por trás da ofensiva e considera que a polêmica foi artificialmente acelerada por grupos organizados da direita londrinense, interessados em desgastar sua gestão.

Nos bastidores, líderes do PSD afirmam que setores bolsonaristas testam narrativas para criar ruído permanente contra Amaral, especialmente porque Londrina é um dos centros eleitorais mais estratégicos do Paraná. A Jovem Pan, ao nacionalizar o deboche, deu palco para que adversários transformassem um boneco natalino em ferramenta de ataque político.

O episódio também revela a fragmentação da própria direita, que briga até por Papai Noel. O bolsonarismo londrinense tenta capturar a indignação estética como se fosse crítica de gestão, enquanto parte da população encara tudo como exagero midiático.

Para os londrinenses, ficou a pergunta que viralizou: o bom velhinho é mesmo “horroroso” ou apenas virou personagem involuntário da guerra política que se instalou no Norte do Paraná?

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