Livro de Janot caiu na rede; ex-PGR culpa Deltan pela prisão política de Lula

Caiu na rede a íntegra do livro do ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot, no qual ele confessa que cogitou assassinar o ministro do STF Gilmar Mendes.

Se o objetivo do ex-PGR era ganhar dinheiro com a venda do livro, acho que deu muito ruim…

“Nada menos que tudo: bastidores da operação que colocou o sistema político em xeque”, é o título da obra que pode cassar a aposentadoria do ex-PRG e ainda lhe dar outras dores de cabeça.

Também há os danos intrínsecos do sincericídio de Janot: a antecipação da morte da força-tarefa Lava Jato, que já respira por aparelhos desde o início da #VazaJato –a série de reportagens do site The Intercept Brasil.

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“Não ia ser ameaça não. Ia ser assassinato mesmo. Ia matar ele (Gilmar) e depois me suicidar”, revelou o autor do livro.

Além dessa declaração bombástica, pré-lançamento, existe um trecho na obra que detona Deltan Dallagnol e se exime da culpa. Eu reproduzo abaixo:

“Ora, e o que Dallagnol fez? Sem qualquer consulta prévia a mim ou à minha equipe, acusou Lula de lavar dinheiro desviado de uma organização criminosa por ele chefiada. Lula era o “grande general”, o “comandante máximo da organização criminosa”, como o procurador dizia na entrevista coletiva convocada para explicar, diante de um PowerPoint, a denúncia contra o ex-presidente. No PowerPoint, tudo convergia para Lula, que seria chefe de uma organização criminosa formada por deputados, senadores e outros políticos com foro no STF.”

Na prática, Rodrigo Janot entrega que não havia prova alguma do envolvimento de Lula nas acusações formuladas no PowerPoint.

A defesa do ex-presidente Lula estuda usar partes do livro de Janot para arguir a suspeição de toda a força-tarefa Lava Jato.

Como o leitor pode perceber, essa bananosa do PowerPoint ainda vai sobrar ‘só’ para o Deltan.