Líder do governo, Ricardo Barros, é alvo busca e apreensão da polícia

O escritório político do líder do governo no Congresso, deputado Ricardo Barros (PP-PR), na manhã desta quarta-feira (16), foi alvo de mandados de busca e apreensão da polícia em Maringá, interior do Paraná, base eleitoral do parlamentar.

De acordo com informações preliminares, o Ministério Público do Paraná (MP-PR), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e da Polícia Civil, cumprem mandados no escritório do líder governista de fatos ocorridos na época em que ele era ministro da Saúde no governo de Michel Temer (MDB).

A ação policial teria relação com supostos desvios de verba em compra de equipamentos pelo Ministério da Saúde.

Além do escritório de Barros em Maringá, no Norte do Paraná, a força-tarefa também cumpre mandado no município de São Paulo. O alvo seria o um empresário que participou da suposta fraude na contratação de equipamentos.

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Recentemente, Ricardo Barros, já líder do governo no Congresso, disse que a operação Lava Jato atuou para tirar Lula da eleição de 2018.

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“É claro que há uma parcialidade na posição da Lava Jato, todos sabem disso. É evidente, é visível. Tirou o Lula da eleição, produziu uma situação nova para o país, a interpretação [da lei] mudou… Era uma [interpretação], mudou para prender Lula. Passou a eleição, mudou para soltar Lula. Não precisamos fazer muito esforço para perceber ativismo político”, declarou numa entrevista ao UOL na semana passada.

Barros, na entrevista, criticou o Ministério Público e o Judiciário pela interferência no processo eleitoral no país.

“Quem sabe quem não vai ganhar uma eleição no Brasil? O MP e o Judiciário, porque eles agem contra o cidadão no meio da campanha, prendem, fazem busca e apreensão, tiram a pessoa do processo político. E depois de alguns anos, se ficar provado que não era nada… Não era nada, bate nas costas. Nem pedir desculpa eles pedem”, disparou.

Ricardo Barros, que também já foi líder dos governos petistas no Congresso, ainda afirmou ao UOL que faltou isenção na atuação do ex-juiz Sergio Moro.

Segundo líder do governo, houve “atropelo das regras” em boa parte dos julgamentos e “isso ficará provado cada vez mais ao longo do tempo”.

“O fato de já ter dois votos afirmando que ele [Moro] não foi isento já é uma leitura que a população precisa considerar”, disse o líder, se referindo ao julgamento da suspeição do ex-juiz em relação ao caso do triplex do Guarujá (SP), envolvendo Lula. “Não é para isso que existe o Judiciário. A Justiça é cega e, no caso da Lava Jato, tem olhado para uns [de forma] diferente do que olha para outros.”