O senador Romero Jucá (MDB-RR) deixou a reforma da previdência de fora das pautas prioritárias do governo no Congresso. Pelo Twitter, nesta terça (6), o líder governista mencionou na agenda de votações apenas a Lei Geral das Telecomunicações, a questão da dívida dos Estados e a simplificação tributária.
Em dezembro de 2017, decretou o fim da reforma da previdência. Na época, ele antecipou que o confisco das aposentadorias só viria à pauta em fevereiro. Agora, novamente, o líder do governo no Senado se comporta como o coveiro da proposta ao ‘esquecer’ a galinha dos ovos de ouro do sistema financeiro.
“O ano de 2018 será curto, teremos um esforço concentrado a partir de fevereiro. O planejamento para o ano é muito importante para ser feito. O governo já está trabalhando na agenda”, escreveu no Twitter.
O presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), tem a mesma opinião de Jucá: entrou água na reforma da previdência.
“Difícil é convencer os senadores que [a matéria] chegue aqui de manhã e seja aprovada no mesmo dia sem discussão. Não posso tirar o direito legítimo dos senadores de discutir, debater e emendar. Não quero patrocinar esse tipo de comportamento. Matéria da Previdência não é matéria da Câmara. É das duas Casas e será votada separadamente”, declarou Eunício.
O presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM-RJ), nesta segunda-feira (5), também havia dito que a reforma subiu no telhado porque o governo Michel Temer (MDB) não tem os 308 votos necessários para acabar com as aposentadorias.
Resumo da ópera: a reforma da previdência já dançou, mas os governistas ainda buscam uma maneira de dar a notícia para a mídia e os abutres do mercado.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.
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