Lava Jato faz buscas em endereços do BTG, de André Esteves e de Graça Foster

A Polícia Federal realiza nesta sexta-feira (23) uma nova fase da operação Lava Jato que cumpre mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao Banco BTG Pactual, ao fundador da instituição, André Esteves, e à ex-presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster.

Segundo o Ministério Público Federal, a investigação é baseada em depoimentos dados pelo ex-ministro Antonio Palocci no âmbito de sua delação premiada

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“Uma das linhas investigativas diz respeito a possíveis ilícitos envolvendo a venda pela Petrobras ao BTG de ativos na África”, afirmou o MPF em nota.

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“A partir de análise de documentos apreendidos em fase anterior da operação Lava Jato, identificaram-se indícios de que os ativos foram comercializados em valor substancialmente inferior àquele que havia sido avaliado por instituições financeiras de renome no início do processo de venda”, acrescentou o órgão.

De acordo com o MPF, os ativos africanos da estatal haviam sido avaliados em entre 5,6 bilhões de dólares e 8,4 bilhões de dólares, mas o equivalente a 50% desses ativos foram vendidos ao BTG por 1,5 bilhão de dólares em 2013.

Numa outra frente de investigação, o MPF disse que Palocci afirmou que Esteves teria acertado com o também ex-ministro Guido Mantega o repasse de 15 milhões de reais para que o BTG fosse favorecido em projetos de sondas da Petrobras no pré-sal.

Além disso, ainda segundo o MPF, emails do ex-presidente da Odebrecht Marcelo Odebrecht e depoimentos dados por Palocci indicam que Graça Foster saberia do esquema de corrupção na Petrobras e não teria adotado medidas para combatê-lo.

Graça Foster presidiu a estatal entre 2012 e 2015, durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff. Palocci foi ministro da Fazenda do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e comandou a Casa Civil sob Dilma. Mantega foi titular da Fazenda nos governos Lula e Dilma.

Com informações da Reuters.