Justiça proíbe Crivella de censurar e apreender livros e gibis

A Justiça do Rio de Janeiro concedeu uma liminar nesta sexta-feira (6) impedindo o prefeito da Igreja Universal do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, de censurar e apreender obras por causa de seu conteúdo, “notadamente” aquelas que tratam da temática LGBT.

A liminar atende a uma solicitação feita pela Bienal do Livro do Rio após a tentativa do prefeito de apreender livros no evento. É a primeira vez em quase 40 anos que a Bienal do Livro sofre esse tipo de ação.

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Na quinta-feira, Crivella afirmou que mandaria recolher exemplares do romance gráfico “Vingadores, a cruzada das crianças” (Salvat), que tem a imagem de um beijo entre dois personagens masculinos.

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A reação contra a tentativa de censura foi forte nos meios de comunicação e nas redes sociais. Diversos artistas e lideranças se pronunciaram em repúdio à iniciativa do prefeito.

A decisão da Justiça de conceder a liminar foi tomada após representantes da Secretaria de Ordem Pública (Seop) terem ido à Bienal para, segundo o órgão, identificar e lacrar livros com conteúdo “impróprio”. Os fiscais não encontraram livros em “desacordo” com as normas, segundo a Prefeitura.

Com informações do G1.