Justiça manda prender 11 líderes da greve de policiais no Rio

da Folha.com

Mulher e criança passam por faixa colocada por PMs grevistas no Rio; categoria quer reajuste salarial. Foto: Silvia Izquierdo/Associated Press.
A Justiça Militar expediu nesta sexta-feira 11 mandados de prisão contra os principais líderes da greve de PMs, policiais civis e bombeiros no Rio de Janeiro –iniciada à  0h de hoje. Outros 14 agentes foram presos hoje sob suspeita de motim.

O cabo da PM João Carlos Gurgel e o major da reserva Hélio Oliveira afirmaram que vão se apresentar ao quartel general ainda hoje. “Quem foge da prisão é bandido, nós não somos bandidos, vamos nos apresentar”, disseram. Os nomes dos outros nove PMs ainda não foram divulgados.

Uma das exigências dos grevistas é a saída do presídio de Bangu 1 do cabo bombeiro Benevenuto Daciolo, preso desde a noite de quarta-feira (8), após a divulgação de escutas telefônicas dele falando sobre uma greve geral no Rio. O habeas corpus impetrado por sua defesa foi negado pela Justiça.

As três categorias não ficaram satisfeitas com a proposta de reajuste apresentada pelo governo estadual e aprovada ontem pela Alerj (Assembleia Legislativa). O grupo reivindica salário base de R$ 3.500 para as categorias a partir deste mês de fevereiro.

Em nota, o Corpo de Bombeiros do Rio informou que todas as unidades da corporação no Estado estão funcionando normalmente. “As saídas para atendimento de casos de emergências estão regulares, bem como as presenças nos quartéis”, disse.

Economia

A corporação ainda afirmou que, para reforçar a garantia na prestação dos serviços, o estado de prontidão permanece por tempo indeterminado.

O Comando da Polícia Militar do Rio também informou, em nota, que não houve paralisação dos serviços prestados a população e que todas as unidades estão funcionando normalmente nesta sexta-feira.

Nesta sexta, o comando da PM informou que o Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) e o Batalhão do Choque também auxiliam patrulhamento.

BAHIA

Na Bahia, PMs grevistas decidiram ontem manter a greve da categoria, iniciada no dia 31 de janeiro. Os PMs rejeitaram os termos propostos pelo governo do Estado e esperam nova proposta.

Ontem, o grupo desocupou a Assembleia Legislativa, que estava ocupada desde a semana passada. Na saída do prédio o ex-policial Marco Prisco foi preso junto com outro líder grevista, Antônio Paulo Angelini.

Havia mandado de prisão expedido contra eles. Outros dois PMs já tinham sido presos durante a greve. Ao todo, 12 mandados de prisão foram expedidos contra policiais grevistas.

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