O juiz Eduardo Appio, responsável pelos processos da Operação Lava Jato na 13ª Vara Federal em Curitiba, ordenou a prisão de Alberto Youssef, 55 anos, um dos principais responsáveis pelo início da operação em 2014. A Polícia Federal deteve Youssef no litoral de Santa Catarina e o levará para Curitiba, onde a audiência de custódia será realizada por videoconferência. Essa decisão foi tomada no dia 20 de março de 2023.
Youssef estava solto graças à delação premiada ao ex-juiz Sergio Moro, que, em março de 2017, autorizou o regime de prisão domiciliar do doleiro com uso de tornozeleira eletrônica.
Antes, no ano 2000, Moro já havia libertado Alberto Youssef após delação premiada no caso Banestado.
O que você precis saber sobre a prisão de Alberto Youssef:
- Alberto Youssef, pivô da Operação Lava Jato, foi preso por ordem do juiz Eduardo Appio.
- Youssef, de 55 anos, foi detido pela Polícia Federal no litoral de Santa Catarina e levado para Curitiba, onde a audiência de custódia será realizada por videoconferência.
- O juiz Eduardo Appio é responsável pelos processos da Lava Jato na 13ª Vara Federal em Curitiba.
- Youssef é um dos principais responsáveis pelo início da Operação Lava Jato em 2014.
- A prisão de Alberto Youssef é uma das mais importantes ações recentes da Operação Lava Jato.
Por que Youssef voltou à prisão
A decisão foi tomada dentro de um processo iniciado pela Receita Federal, que alega que Youssef não devolveu todos os valores de que se beneficiou ilicitamente e deixou de informar à Justiça Federal dados atualizados sobre seu endereço.
Youssef já havia sido preso em 2014 durante a primeira fase da Operação Lava Jato, que investigava esquemas de corrupção envolvendo políticos e empresários ligados à Petrobras. Ele é acusado de ter atuado no mercado ilegal de câmbio e pagamento de propinas no Brasil e no exterior desde pelo menos 2004, quando firmou acordo de colaboração premiada com o então juiz Sergio Moro.
O juiz responsável pelo processo afirma que Youssef já foi condenado há mais de 32 anos de reclusão e que suas condições atuais de vida são incompatíveis com a situação da população brasileira, além de citar que o relatório da Receita Federal deixa evidenciado que ele não devolveu aos cofres públicos todos os valores desviados.
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