Jornal de Portugal destaca Geringonça surgida no Paraná e acordo eleitoral no Rio

  • Segundo jornal português, Lula pode liderar uma Geringonça à brasileira

O Diário de Notícias retratou na semana passada que nos estados do Paraná e do Rio de Janeiro, o centro e a esquerda aproximam-se baseados no modelo português. No plano nacional, declaração de voto de Fernando Henrique Cardoso no seu velho rival contra Bolsonaro alimenta a tese da Geringonça à brasileira.

A reportagem da publicação portuguesa, assinada pelo correspondente João Almeida Moreira, desde São Paulo, lembra que “Roberto Requião pertence ao MDB, o partido de Michel Temer. Michele Caputo, é do PSDB, o partido de Fernando Henrique Cardoso. Arilson Chiorato, do PT, o partido de Lula da Silva. Goura Nataraj milita no PDT, o mesmo de Ciro Gomes. E Mabel Canto, no PSC, o partido conservador que chegou a abrigar Jair Bolsonaro. Eles e outros políticos do Paraná, um estado com mais de duas vezes a área de Portugal, reúnem-se desde março numa “frente ampla contra o governo e o fascismo e em defesa da vida e da democracia” a que deram o apelativo nome de “geringonça paranaense”, aludindo ao acordo de governo em Portugal.”

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O DN ainda afirma que o idealizador da Geringonça, Roberto Requião, disse que “é preciso derrotar o projeto de poder de Jair Bolsonaro, que respira morte, pobreza e o fim da soberania nacional”, em torno de “uma frente ampla criada a partir da sociedade civil”, pelo que seria necessário que os presidenciáveis de centro-esquerda e de esquerda “deixassem o ego de lado”.

Além da concertação no Paraná, o jornal português destaca os encontros suprapartidários no Rio de Janeiro ao longo do mês de maio, que, segundo a publicação além-mar, indicam a possibilidade, na prática, de alianças, à partida improváveis, para 2022 – ou seja, a possibilidade, na prática, de uma geringonça na segunda maior cidade e no terceiro estado mais populoso do Brasil.

O Diário de Notícias, de Lisboa, reporta que o PT cogita apoiar o prefeito Eduardo Paes, que deve transferir-se do DEM para o PSD, e patrocinar a candidatura ao governo do estado de Marcelo Freixo, em vias de trocar o PSOL pelo PSB. Com isso, Lula teria o apoio na corrida presidencial de PSD, de centro, e de PSB, de centro-esquerda, duas forças eleitoralmente poderosas com as quais o PT não contou em 2018.

Economia

O Blog do Esmael é o facilitador da Geringonça no Paraná e no Brasil.