Os deputados estaduais Maria Victoria (PP) e Anibelli Neto (MDB) apresentaram esta semana um projeto de lei que tem gerado discussões acaloradas tanto dentro quanto fora das paredes da Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP).
O Projeto de Lei 680/2023 busca conceder o título de cidadão honorário do Estado do Paraná ao ex-presidente da República, Michel Temer (MDB), 83 anos, também conhecido como Vampirão Neoliberal.
A deputada Maria Victoria, filha do deputado federal licenciado e ex-ministro Ricardo Barros (PP-PR), enalteceu as habilidades de articulação, diálogo e a longa trajetória política de Michel Temer, defendendo que ele “ocupou diversas funções públicas e possui uma vasta experiência acadêmica e política.”
Victoria também destacou a atuação do ex-presidente durante o seu mandato, afirmando que ele foi um “grande aliado do Paraná” ao agilizar a liberação de recursos e destinar investimentos para diversas áreas.
Um dos pontos mais citados na defesa do título é a assinatura, por parte de Michel Temer em 2018, de um acordo entre o Governo do Paraguai e a Itaipu Binacional para a construção da tão esperada segunda ponte que ligaria os dois países em Foz do Iguaçu.
A obra, considerada uma demanda histórica para o estado, é destacada como um dos marcos de sua gestão.
Ironicamente, durante seu governo, Temer implantou a “Ponte para o Futuro” – um arcaboçou que tirou direitos dos trabalhadores com reformas como a trabalhista e isso rendeu ao ex-presidente a alcunha de “Vampirão Neoliberal”.
Por sua vez, o deputado Anibelli Neto, presidente estadual do MDB, destacou o legado e os papéis cruciais que Michel Temer desempenhou em momentos políticos desafiadores do país.
Neto ressaltou que o ex-presidente sempre buscou o diálogo para obter avanços significativos para o Paraná.
Para ele, o projeto de concessão do título é uma forma justa de reconhecer os serviços prestados por Temer ao estado.
“O título é uma maneira justa e apropriada de homenagear a trajetória de Michel Temer, com sua vasta experiência jurídica e política contribuiu para a construção de consensos e diálogos importantes entre diferentes setores da sociedade, e demonstrou seu comprometimento com o nosso estado, apoiando iniciativas de modernização na infraestrutura, logística, agricultura, indústria e comércio do Paraná”, justificou Anibelli Neto.
No entanto, é importante observar que o projeto de concessão do título de cidadão honorário ao ex-presidente Michel Temer ocorre em um contexto político que não pode ser ignorado.
Recentemente, parlamentares da ALEP causaram controvérsia nacional ao defenderem um título semelhante ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O projeto foi submetido à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), onde a bancada do Partido dos Trabalhadores (PT) pediu vista do projeto, barrando sua aprovação imediatamente.
Michel Temer, nascido em 23 de setembro de 1940, em Tietê, São Paulo, é advogado, professor e escritor.
Ele ocupou cargos como Deputado Federal, presidente da Câmara dos Deputados, Secretário de Estado da Segurança Pública de São Paulo e Procurador-Geral do Estado de São Paulo, além de ter sido o 24º Vice-Presidente e o 37º Presidente do Brasil, de 2016 a 2018.
Temer ocupou o Palácio do Planalto após conspirar pelo impeachment da então presidente eleita Dilma Rousseff (PT), segundo a literatura política.
No mês passado, Michel Temer virou piada nas redes sociais ao se apresentar como “Ken Temer” em um vídeo dizendo que “Barbie-me-ei!!!” – em alusão ao filme da Barbie.
A discussão em torno da concessão do título de cidadão honorário a Michel Temer certamente continuará gerando debates fervorosos, uma vez que a figura do ex-presidente carrega um histórico político e controvérsias que se estendem além das conquistas destacadas pelos proponentes do projeto.
Enquanto os defensores argumentam em prol do reconhecimento de sua atuação política, muitos críticos apontam para questões que também marcam sua trajetória.
Jesus, me abana!
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Deveria era homenagear a Sra. Dilma, que apesar de ser TRAÍDA pelo seu vice ganâncioso, e que reconheceu seu ato desonroso, o TCU e TRF1 reconheceram que ela não comenteu nenhum crime. E já que tem um bando de deputados desocupados nesta ALEPR que deveriam propor ações para o bem dos paranaenses e não propor homenagens a criminosos como Bolsonaro e Temmer. Então homenagem a ex Presidente Dilma que está provado que não comenteu nenhuma irregularidade em sua administração.
Sinceramente esta ALEPR está ficando estranha. Aprovam tudo que aparece sem contestar ou sem avaliar as consequências. Ao encerrarem o pedágio, foi mais um ato político do que técnico, e a prova disso é as condições das rodovias no Paraná e o custo que vai ser a manutenção delas e dos edifícios dos pedágios depredados. Depois propuseram uma menção honrosa para o Bolsonaro, um cara que está sendo investigado por inúmeros delitos, agora vem dois deputados que estão mais lá pelo nome político da família do que por seus méritos. Homenagear o Temmer que traiu uma Presidente Eleita e depois reconheceu que foi TRAIRA com ela, é o fim da nossa dignidade como um Estado que preserva a Democracia e os bons princípios. Mais dois para a lista de não serem mais conduzidos em 2026.