Velha mídia corporativa teme Janja e tenta isolá-la do centro do poder

A primeira-dama Janja da Silva virou o alvo preferencial da velha mídia, segundo apuração do Blog do Esmael. Ela é tratada como o “último bastião ideológico” capaz de manter Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no páreo para as eleições de 2026.

Executivos da Faria Lima, ouvidos reservadamente, dizem que Lula já teria cogitado pendurar as chuteiras, não fosse a militância firme de Janja pela reeleição. Para eles, a presença ativa da primeira-dama atrapalha o projeto de substituição silenciosa do presidente.

Os institutos de pesquisa alimentam esse ambiente. A Quaest, alinhada ao desejo de setores que torcem por Tarcísio de Freitas (Republicanos) divulga números que indicam que 59% dos entrevistados preferem que Lula não seja candidato, apesar de o petista liderar todos os cenários de 2026. É uma contradição útil aos interesses econômicos e midiáticos que desejam influenciar o tabuleiro.

A mesma sondagem aponta que 67% defendem que Jair Bolsonaro desista de apoiar outro nome, embora o ex-presidente esteja inelegível, sob prisão domiciliar há cem dias e prestes a iniciar cumprimento de pena de 27 anos na Papuda pela tentativa de golpe de Estado. O dado reforça que o bolsonarismo tenta reorganizar sua tropa enquanto disputa espaço com Tarcísio e outros aspirantes.

Esse caldo de tensões explica parte da histeria editorial observada nos jornalões. A cobertura diária de segurança pública, sempre inflamada, mira diretamente na popularidade de Lula. Nos bastidores, diretores de redação e colunistas ligados a interesses cruzados da Faria Lima pressionam por uma narrativa demissionária, insinuando crises artificiais.

A CPMI do INSS virou, nesse contexto, munição para ataques especulativos, assim como fofocas sobre supostas operações policiais contra familiares do presidente. O objetivo é alimentar a sensação de instabilidade, um terreno fértil para forçar Lula a renunciar à reeleição.

Há um ingrediente ainda mais sensível. A extrema direita trabalha para dar à Polícia Federal um status de “independência”, nos moldes da autonomia concedida por Jair Bolsonaro ao Banco Central. Na prática, isso significaria blindar a PF de controle discricionário e permitir que interesses financeiros e midiáticos definam a ação policial. O exemplo do BC é cristalino, com juros nas alturas que penalizam o povo e beneficiam os mais ricos.

Nesse tabuleiro, Janja se torna um perigo para os oligarcas da Faria Lima e para a velha mídia. Sua defesa de Lula, sua influência crescente e sua leitura política fina impedem a construção do roteiro desejado pelos adversários, que sonham com a desmobilização precoce do presidente.

A ofensiva contra a primeira-dama não é sobre ela, mas sobre quem ela impede que vença.

Continue acompanhando os bastidores da política e do poder pelo Blog do Esmael.

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