Itaperuçu (PR): A primeira manifestação a gente nunca esquece

Magistério de Itaperuçu, na região metropolita de Curitiba, realiza paralisação pela primeira vez na história da categoria

Itaperuçu fica a 30 km de Curitiba e o prefeito do município é Gerson Ceccon (PMDB). Fotos: Thaíse Mendonça.
via site do Sismmac

A Prefeitura de Itaperuçu amanheceu repleta de professoras e professores que paralisaram o trabalho em sala para darem uma aula de como exigir seus direitos. Diante da falta de respostas e da recusa por parte da Prefeitura em se reunir com o magistério, as professoras e professores municipais resolveram ir à  luta e realizaram a primeira paralisação da história da categoria.

A mobilização do magistério e a pressão realizada em frente à  Prefeitura fizeram com que a administração recuasse em algumas de suas práticas. A primeira vitória se deu quando a Prefeitura foi obrigada a rever a decisão de não negociar mais com a categoria em 2012, com o objetivo de empurrar a resolução de parte expressiva dos problemas educacionais da cidade para 2013. Graças à  pressa do Movimento Despertar, as professoras e professores foram recebidos pelo secretario de Educação, Luiz Alberto Santos, e pela equipe técnica formada pelos assessores jurídicos, de recursos humanos e contabilidade.

A paralisação também fez a administração se comprometer a regularizar ainda em 2012 o pagamento do abono de férias, que geralmente é feito no mês de julho, e dos crescimentos por tempo de serviço que estão atrasados. Os representantes da Prefeitura irão apresentar um calendário na próxima quarta-feira (24), com as datas previstas para a regularização dos pagamentos.

O Movimento Despertar voltou a cobrar a apresentação dos documentos que expliquem o corte da gratificação de R$ 246,00. Desde o mês de julho, quando o valor que corresponde a mais de 35% do salário do magistério foi suspenso, a categoria tenta apurar se houve ou não desvio do dinheiro que deveria ser aplicado na educação.

Economia

O pedido de entrega desses documentos foi protocolado na Câmara Municipal, no dia 9 de agosto, e novamente solicitados em reunião com o prefeito e com o secretário de Educação no dia 14 de setembro. Até agora, entretanto, nenhum documento foi entregue diretamente ao Movimento.

A luta do magistério de Itaperuçu

As professoras e professores de Itaperuçu estão mobilizados desde o mês de julho, quando o beneficio de R$246,00 foi cortado, sem qualquer aviso prévio. Além de lutarem pela incorporação dessa gratificação ao salário, a categoria também fundou o Movimento Despertar com o objetivo de avançar nas reivindicações relacionadas à  melhoria da condições de trabalho, valorização profissional e revisão do plano de carreira.

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