Deu muito ruim para o presidente cessante Jair Bolsonaro (PL), que, no desespero, “invadiu” Aparecida do Norte (SP) em campanha pela reeleição tal qual um bárbaro. A repercussão foi negativa no WhatsApp.
Segundo levantamento da Palver, empresa que analisa a interação entre as pessoas pelo aplicativo de troca de mensagens, para cada 8 menções negativas sobre Bolsonaro, há apenas 1 positiva.
A Palver disse que identificou a repercussão negativa para Bolsonaro em 15 mil grupos abertos do WhatsApp.
De acordo com o estudo da empresa, a viralização negativa contra Bolsonaro foi mais forte do que aquela associando Lula ao satanismo ou àquele vídeo mostrando o presidente cessante em uma reunião da maçonaria.
Bolsonaro foi ao Santuário construído em homenagem à Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil, na quarta-feira (12/10), de olho nos votos dos fiéis católicos.
O presidente Bolsonaro esteve ontem a Aparecida fazendo campanha eleitoral; ele contriou bispos da Igreja Católica, que divulgaram uma duríssima nota por meio da CNBB condenando o uso da religião para fins eleitorais.
O que seguiu à “invasão bárbara” foi um show de horrores patrocinado por Bolsonaro e seu apoiadores, que agrediram padres, bispos e profissionais da imprensa que cobriam as procissões em Aparecida – cidade também popularmente chama de “Aparecida do Norte”.
Em seu sermão, o arcebispo Dom Orlando chamou de “dragão” aqueles que patrocinam a mentira, estimulam o ódio, promovem a fome, o desemprego e a miséria no país. Outro padre disse que não era dia de pedir votos, mas de “pedir bênção” à Nossa Senhora Aparecida.
A guerra religiosa nas redes sociais, aberta por Bolsonaro, além de chegar à propaganda eleitoral no rádio e na televisão, agora também invadiu os templos religiosos.
Moral da história: Bolsonaro foi “excomungado” no WhatsApp por “invadir” Aparecida do Norte, tal qual um bárbaro.
Foi uma invasão bárbara.
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